Algumas tristezas que acontecem com a gente são indeléveis em nossas vidas. Com o passar do tempo, passamos a aceitá-las (pois algumas são inevitáveis) e até nos acostumamos com o pesar, mas em nenhum momento essas tristezas deixam nossos corações. Posso garantir, sem sombra de dúvida, que a falta da mãe é uma destas tristezas. Falo isso, pois a dor desta falta faz parte do meu cotidiano desde o ano passado. E este ano, pela primeira vez, quis o destino me privar da companhia da minha mãe ontem(12), Dia das Mães. Fiquei sem o abraço dela.
É complexa essa novidade, ou seja, passar o Dia das Mães sem minha mãe. Afinal, mãe é uma verdadeira instituição na vida dos filhos e parece que advinham quando estamos seguindo por um caminho fora da rota. Por isso é tão complicado ficar sem aquela pessoa que, incondicionalmente, quer o nosso bem, a nossa felicidade. Mais difícil ainda é não tê-la por perto quando precisamos de algum conselho ou de uma palavra certeira, mesmo que não seja o que queremos ouvir.
Não vou me estender neste texto, pois falar sobre a falta da minha mãe ainda dói demais. Sinto falta de ir na casa dela, de ficar conversando, jogando conversa fora na sua cozinha, enquanto ela passava um café (e eu só tomava chá), comendo um biscoito doce enquanto ela me advertia que tomasse cuidado com a balança (sim, ela era sincerona), lembrando da sua época de criança no sítio e sua juventude… eram tantos os assuntos. Também sinto falta das nossas tardes de sábado, quando eu fazia a sua unha e ela pedia para passar esmalte vermelho. Foram excelentes momentos juntas, e eu pude aproveitar cada um deles.
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A minha alegria é pensar que tivemos uma excelente relação mãe e filha. E no período que ela permaneceu ao meu lado (poderia ter sido mais…) nos tratamos mutuamente com muito respeito, confiança, cordialidade e amor. Ficou muita saudade.
Com certeza, muitas pessoas que por ventura estiverem lendo esse artigo também devem estar sentido a mesma tristeza que eu…(Foto: Andrea Piacquadio/Pexels)
VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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