Fica fria Mama África, o grande arquiteto do universo tem um caminho especial para sua vitória. Vem desde os primórdios as histórias que contam no tempo e falam da sua ancestralidade no mundo, desde o aparecimento da humanidade, da qual você trás a inegável condição de berço. Existem registros que provam que o primeiro protótipo humano apareceu das suas entranhas e que até hoje tem a patente dessa originalidade.
Deus com sua capacidade infinita e extensa, as vezes nos trata com tanta displicência, que chegamos a pensar que viver é cumprir uma sentença. Enquanto as cidades acordam e o sol espera pra nascer, sabemos que temos um guia no céu que ilumina nosso caminho na Terra e é o amor de Nossa Senhora. Há indícios que a célula mater veio do elemento água, temos em Yemanja, a grande mãe dos orixás, símbolo da fertilidade, da grandeza e da procriação. Dona do amor maternal e incondicional. Na mitologia africana a história de Yemanja aparece como a mulher de Oxalá desde a criação do mundo. Um infinito de amor e afeto. Mário Quintana definiu em quatro versos essa grandeza: “Mãe são três letras apenas, bem sabem os lábios meus, que és do tamanho do céu e apenas menor que Deus” . Mãe universal, mãe natureza, mãe de Deus, mama África, mãe preta. Expressões femininas. Presença da mulher em 360 graus. Todo segundo domingo de maio é dedicado às mães, mas o universo é delas o tempo todo.
Em especial e particularmente as mães negras, guerreiras vitoriosas que nunca tiveram medo de trabalhar. Foi a primeira mulher a ir à luta, mesmo depois da abolição da escravatura, no ranking das primeiras profissionais no Brasil, prostituição para as polacas (escravas brancas) e afazeres domésticos para as negras, além de damas de companhia, mucamas, babás e amamentadeiras. Caetano Veloso falou: “Esse negócio da mãe preta ser leiteira, já encheu sua mamadeira, vão mamar noutro lugar…”
Elas nunca acreditaram em um Deus. Isso era coisa das portuguesas. As africanas cultivavam os orixás, forças da natureza.
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Para tanto jogo de cintura, malemolência, quadris largos, fertilidade infinita, força dos conhecimentos éticos e étnicos, alimentando com muita ginga e jogo de cintura, corpo e espírito de solidariedade. Sempre aprenderam a se virarem sozinhas. Tanto que seus nomes são: Albertina, Anastácia, Antonieta, Bárbara, Benta, Benedita, Celeste, Celina, Dionísia, Deolinda, Dandara, Doroteia, Duzolina, Eli, Efigênia, Elza, Erothildes, Escolástica, Francisca, Filomena, Floripedes, Gertrudes, Giusa, Genoveva, Iraides, Isolda, Isolina, Iracema, Judite, Juraci, Josefa, Josefina, Jacira, Ladi, Laurinda, Laurita, Leonor, Madalena, Marcelina, Marciana, Norma, Narcisa, Nubia, Olga, Olinda, Onorina, Pedrina, Patrícia, Quitéria, Quirina, Rosa, Rosaria, Raulina, Rosalina, Sabina, Sebastiana, Sara, Teresa, Tamira, Tiburcia, Ursola, Ursolina, Valdete, Valderez, Valquíria, Waldemira, Wilma,Yolanda, Zenobia, Zenaide, Zulmira.
Nem sempre Maria, mas se por acaso houver essa necessidade, vem logo seguido de Aparecida. #Aparecida rainha e padroeira do Brasil!(Foto: Jennifer Enujiugha/Pexels)
LUIZ ALBERTO CARLOS
Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.
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