Somos parte do MEIO AMBIENTE

meio ambiente

Há quem se preocupe e há quem não se importe com o meio ambiente ou com os recursos naturais em geral. Mas, a verdade é que somos parte do meio ambiente, frutos do planeta, e isso se confirma tanto pela ciência, como pela religião. O cuidado e o conhecimento do ser humano passam pelo respeito à sua origem.

O ser humano é parte integrante da Terra pois depende para viver e sobreviver do equilíbrio do planeta, que também é denominado como Gaia (representando um superorganismo vivo).

Leonardo Boff nos lembra com apoio científico que existe uma calibragem interna de Gaia, que se reproduz no próprio ser humano, pois seu corpo possui mais ou menos a mesma proporção de água que o planeta (71%) e a mesma taxa de salinização do sangue que o mar (3,4%). Há ainda inúmeros outros aspectos que demonstram essa ligação do ser humano com o planeta e com o universo.

Há uma ligação cósmica entre todas as coisas, da qual o ser humano faz parte, reconhecendo-se a grandiosidade da inteligência criadora:

“Assim como a célula constitui parte de um órgão e cada órgão, parte do corpo, assim cada ser vivo é parte de um ecossistema como cada ecossistema é parte do sistema global-Terra, que é parte do sistema-Sol, que é parte do sistema-Via Láctea, que é parte do sistema-Cosmos. O sistema-Gaia revela-se extremamente complexo e de profunda clarividência. Somente uma inteligência ordenadora seria capaz de calibrar todos estes fatores. Isso nos remete a uma Inteligência que excede em muito a nossa. Reconhecer tal fato é um ato de razão e não significa renúncia à nossa própria razão. Significa sim render-se humildemente a uma Inteligência mais sábia e soberana que a nossa. (BOFF, Leonardo. Ecologia Grito da Terra, Grito dos Pobres. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1996).

Somos, portanto, elementos da natureza, energia solar, pó de estrela. Dependemos da saúde do planeta para manter a nossa saúde, para obtermos água, alimentos, roupas, materiais para construção de casas, até para nos proporcionar energia elétrica e combustíveis para todos os setores da vida moderna, incluindo equipamentos eletrônicos e tudo o mais que se pode imaginar.

Tudo que necessitamos provém da natureza e o desequilíbrio do planeta afeta a todos. Se nos alimentamos da terra (dos alimentos que nela se produz, com água, energia solar, etc.), somos parte do próprio planeta que nos alimenta e nos proporciona condições ideais para a existência da vida.

Em outras palavras, o ser humano provém da própria terra fértil, húmus fecundo, por isso se chama homo (homem), o filho de Adão (que significa filho da terra).

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Gostaria de sugerir a leitura integral do discurso do Cacique Seattle ao Governador de Washington, datado de 1854. Vale a pena. Segue um trecho lindíssimo (que faço questão de novamente transcrever), contido no livro acima mencionado:

“De uma coisa sabemos: a Terra não pertence ao homem. É o homem que pertence à Terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a Terra fere também os filhos e filhas da Terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que fizer à trama, a si mesmo fará.”

A percepção de respeito ao planeta é fundamental para que o ser humano passe a respeitar, como deveria, o meio que o circunda, de onde provém todos os elementos necessários à sua vida com qualidade e dignidade. Essa tarefa é de todos, com ações simples, pesquisando, conhecendo, conscientizando, exigindo políticos verdadeiramente comprometidos com as questões ambientais.

Diz uma lenda indígena que o “Curupira” é o protetor da floresta, que se volta contra aqueles que nela entram para derrubar árvores ou caçar animais. Era utilizada para despertar nas crianças a consciência ambiental, lembrando que na atualidade a educação ambiental de nossas crianças (além de exigência legal) é uma das esperanças para um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações. Não deixemos, entretanto, para as crianças essa responsabilidade, mas um legado de ações concretas, de pessoas inteligentes, dia após dia, com a participação de todos.

Sem meio ambiente equilibrado, não há vida.(Foto: Pinterest)

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Promotor de Justiça em Jundiaí, especialista em Direito Ambiental e professor universitário.

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