Uma frase de três linhas publicada na Imprensa Oficial de Jundiaí do último dia 12, renova as esperanças dos defensores da preservação da Casa Rosa, na rua Barão de Jundiaí. Em reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural(Compac), no dia 9 deste mês, o conselheiro Willian Paixão afirmou que “as negociações sobre o imóvel estão avançando e a possibilidade de aquisição deste bem tombado por permuta está em trâmite. A intenção é anunciar este desfecho em breve, bem como as medidas protetivas urgentes”.
Há exatos dois anos, o Jundiaí Agora adiantou que a Prefeitura poderia trocar um imóvel dela pela Casa Rosa. Naquela ocasião, a posição oficial da Prefeitura foi explicar que a permuta estava em análise, sendo apenas uma hipótese. A Unidade de Gestão de Cultura aguardava a análise sobretudo da Unidade de Negócios Jurídicos e Cidadania.
Agora, o gestor de Cultura, Marcelo Peroni, confirmou ao JA que “o Departamento de Patrimônio Histórico está finalizando os estudos para a realização de permuta junto ao imóvel publicamente conhecido como ‘Casa Rosa’, conforme Processo Administrativo n. 6.440-2/18. As últimas negociações estão sendo atualizadas e, tão logo forem concluídas, permitirão a competente autorização legislativa para aquisição desse importante patrimônio histórico e cultural para o município”. Ou seja: depois que os estudos forem concluídos, a Câmara Municipal terá de aprovar a permuta.
A Unidade de Gestão de Cultura foi questionada ainda sobre prazo para o término do estudo e qual bem da Prefeitura deverá ser trocado. Também foi perguntado como a UGC pretende utilizar o local e se o município terá de pagar a diferença, caso o imóvel da Barão custe mais. Peroni não respondeu estas questões.
O Compac tombou a Casa Rosa – que pertenceu à família Malpaga – em 2015 depois que os proprietários quase a demoliram. O local, segundo comentários da época, viraria um estacionamento. O imóvel é importante não só por ser antigo. A Casa Rosa seria um marco da arquitetura nacional por ter sido construída com tijolos no final do século 19, o que não era usual. A utilização de tijolos era um hábito dos imigrantes italianos.(Foto: Regina Kalman)
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