13º e benefícios para gestores: QUÉZIA x Juninho e Martins

quézia

O discurso do vereador Juninho Adilson(União Brasil), líder do prefeito Gustavo Martinelli na Câmara Municipal, na sessão de ontem(20), causou atrito público entre ele, a vereadora Quézia de Lucca(PL) e o vereador Paulo Sérgio Martins(PSDB). Ele defendeu o reajuste de 5,32% para os servidores. A proposta de Martinelli foi aprovada com 15 votos. Quézia chorou ao contar que Martins teria dito que “se eu fosse homem, ele daria um soco na minha cara”. Já os dois parlamentares disseram que foram intimidados por ela. Tanto que já estão circulando vídeos chamando Quézia de ‘valentona’. Existe a expectativa de que ela acionará a Comissão de Ética da Câmara. O Jundiaí Agora entrou em contato com Quézia e com a assessoria de Juninho. Até o momento, os dois não deram retorno. Uma fonte ligada à administração passada afirmou que os pagamentos de benefícios aos ex-secretários não foram ilegais e que a atual gestão faz o mesmo.

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Logo no início dos trabalhos, o parlamentar do União Brasil respondeu comentários feitos por Quézia, sobre projeto de Martinelli que concede pagamento de 13º salários e férias para gestores(secretários) da Prefeitura. “A vereadora disse que o Gustavo está deixando a desejar em relação ao reajuste dos servidores públicos. Ela também afirmou que o atual prefeito e nós, vereadores, criaríamos uma lei para dar férias e 13º  para os secretários. E disse que quem pagaria a conta seria a população”. Juninho Adilson afirmou que a administração Luiz Fernando Machado revogou, em 2022, uma lei que tratava desta questão. No entanto, de acordo com ele, gestores continuaram recebendo os benefícios naquele ano e nos dois seguintes. O vereador citou nomes e os valores recebidos. “Agora eu pergunto para a vereadora Quézia(que não estava na sessão naquele momento): nós vamos ao Ministério Público exigir a devolução ou o que vale aqui é falar mentira para ganhar like?”, questionou ele, sacudindo uma lista com os dados dos gestores da administração passada.

Já no plenário, Quézia pediu a palavra. “O vereador Juninho fez uma fala e começou mentindo. Não usei a tribuna. Fiz um vídeo sobre o 13º dos secretários. A discussão aqui não é técnica e sim sobre o passado e o futuro. Passado no qual o seu prefeito prometeu que os servidores andariam ao lado dele. Os servidores seriam reconhecidos e enaltecidos. Inclusive, o prefeito foi eleito com muitos votos dos servidores e parentes. A sua fala aqui, meu senhor, é para mascarar os benefícios que querem dar aos gestores agora, em detrimento dos servidores. Não estou discutindo o passado. Isso não me interessa. O senhor pode ir ao Ministério Público já que está tudo respaldado. Não tenho medo de homem nem de recados”, afirmou ela. Em seguida, Juninho disse que “infelizmente, quando não se tem respaldo intelectual para contextualizar uma fala, a pessoa joga para a torcida. Estou falando com a senhora que está sendo sensacionalista. O Luiz Fernando deu zero de reajuste. A vereadora ficou ‘mordida’ porque o secretário dela, o Adilson Rosa(ex-gestor de Serviços Públicos), recebia sem ter lei para isto. Por isto falei que iremos ao MP. Se fizermos o que é certo haverá dinheiro para o servidor. As imagens da TV Câmara mostram Quézia, neste momento, em pé, e gesticulando na direção de Juninho Adilson(foto). Ela foi até ele. Os vereadores Daniel Lemos e Faouaz Taha a seguraram. Mais tarde, ela voltou à tribuna para criticar o reajuste novamente.

Paulo Sérgio Martins afirmou que muitas vezes os servidores não tiveram reajuste. Dirigindo-se ao público, na maioria de funcionários públicos, ele disse que “num ano vocês tiveram 1.26% de reajuste com uma inflação de mais de 4%. Isto me custou muitos problemas com a administração anterior, como falta de apoio na minha campanha. A verdade é que a gestão atual pegou a Educação, Saúde e Segurança quebradas. Não justifica(o reajuste concedido agora), mas que quebraram, quebraram. Quézia, já no final da sessão, contou que questionou Martins e teria recebido como resposta que “se eu fosse homem, ele teria dado um soco na minha cara”. Ela chorou.

O vereador do PSDB relatou que a conversa com Quézia ocorreu quando ele saiu do plenário. Ela teria questionado a fala do parlamentar. “Respondi que ela mentiu e falei novamente sobre os anos nos quais os servidores não tiveram reajuste. Quando mostrei para ela que isso ocorreu na gestão anterior, ela começou a se alterar dizendo que era um absurdo. Eu estava calmo e a vereadora começou a vir para cima de mim, como fez com o Juninho pouco antes. Falei que ela tentou ser deputada, presidente da Câmara e prefeita sem sucesso. Também citei os números da campanha eleitoral dela. A Quézia começou a ficar alterada. Deixei o local e ela foi atrás de mim, me chamou, começou a falar e enfiou o dedo na minha cara. “Fiquei olhando para cima já que a Quézia é grandona e pensando que não era possível aquilo estar acontecendo”. Foi neste momento que Martins teria falado sobre o soco. Várias pessoas testemunharam a situação, segundo o vereador.

Na internet já estão circulando vídeos sobre mais esta baixaria na Câmara. Um deles mostra a vereadora chorando após relatar a discussão com Martins. O outro, com imagens de Quézia discutindo com Juninho Adilson, traz o texto: “Quando é para ir em cima do vereador Juninho, quase batendo nele, aí tá tudo certo? Essa mulher tem quase o dobro do tamanho dele. Aí, ela é valentona na frente de todos. Mas quando acusa ter sido vítima, tudo mundo acredita. Só me preocupo em saber quem viu ou ouviu a suposta ameaça feita pelo vereador Paulo Sérgio. História mal contada”.

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