SÃO JOSÉ DA PEDRA SANTA

SÃO JOSÉ

Devota de São José, sou há muito. Como não ser? Presença na gruta do presépio cuidando da Mãe do Filho de Deus e assumindo a Sua paternidade, por escolha divina. São José do lírio que floresce em seu cajado e atento às orientações do Anjo do Senhor. O mais santo dos santos, pois cuidou – e como cuidou! – de Jesus.        

Imagino o quanto de estrelas surgiram em suas noites a caminho de Belém e depois ao Egito. Acredito, também, em sua serenidade interior, por sua fé inabalável, que assopra os medos.

Desde menina, ouvia a nossa mãe cantarolar “Capela de São José” de Herivelto Martins: “Ela nasceu lá no morro/ Numa casinha modesta/ Quase juntinho à capela/ Já pequenina rezava/No terço as contas contava/ E ao São José da capela/ Rezar e implorava/Que olhasse por ela./Ela tinha tanta fé /No glorioso São José…”

Idealizava a capelinha no topo do morro, revestida de pureza e amor, sob a proteção de São José.

Neste ano, Deus me concedeu a graça de subir o morro para conhecer e rezar na Capela São José da Pedra Santa, no bairro do mesmo nome, uma das Comunidades que integra o Santuário Diocesano Santa Rita de Cássia.

Que bom! Que experiência das estrelas de Belém e do deserto em direção ao Egito dentro da alma. Que povo afável, sorridente e das virtudes que levam à santidade.

Durante a procissão, o terço com o Ministro da Eucaristia Carlinhos, que testemunha ser Deus prioridade em sua vida, e cânticos com voz melodiosa em louvor a São José. Que caminho mais lindo em meio à paisagem campestre. Em seguida, a Missa celebrada pelo Pároco, Padre Márcio Felipe de Souza Alves – da prece, coerente, atento aos sinais do firmamento -, que nos convidou, como São José, a entrarmos na obediência a Deus e a permitir que Ele nos conduza. Falou ainda sobre nossa descendência de Abraão, do povo de Deus, para a qual não precisamos de cartório a fim de conseguir a cidadania, pois basta nos aproximarmos da Mesa da Palavra e da Eucaristia. Cantaram com fervor: “És a imagem mais bonita/ Da Providência Divina/ Essa ternura infinita/ Que Deus sobre nos reclina, / Deus, o Pai quis de verdade/ José junto ao Filho de Deus/ Pra Jesus não ter saudade/ Do divino Pai dos Céus!”

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O termo “pedra santa”, pelo que me contaram, deve-se à pedra que, retirada do local, onde está a capela do Santíssimo, rolou para o mesmo lugar. Encontra-se abaixo do Sacrário. Considerei aceno do Céu, recordando-me das palavras de Jesus no Evangelho de São Mateus (7, 24): “Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha”.

Na parte externa da capela, homenagem aos agricultores que a construíram com recipientes de terra do sítio de cada um.

Voltando à música citada: “Com Jesus e com Maria/ Festejemos hoje a glória/ De José, que o Pai, um dia/ Fez entrar em nossa história. / De Mãe Virgem, és esposo/ Como um pai, és pra Jesus, / Para nós, és o glorioso/ Protetor, amigo e luz!”

Dádiva de São José celebrar o seu dia em uma Comunidade e com o Padre Márcio Felipe, que se empenham em cultivar sementes da Eternidade.

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.

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