Vereadores interromperam a sessão da Câmara de ontem para questionar Wagner Ligabó (PPS) sobre o post publicado em sua página no Facebook com o título ‘Sinceramente?’. Alguns parlamentares demonstraram irritação com o colega que, no texto, afirmou que tinha vontade de “pegar o boné e cair fora”.
O Jundiaí Agora (JA) repercutiu o texto no mesmo dia, além de procurar o vereador para explicações. Somente no domingo, dia 19, Ligabó entrou em contato com o JA para pedir uma retratação já que não se referia à Câmara Municipal.
Nesta manhã, o vereador (na foto durante sessão de posse, no dia 1º de janeiro) publicou o texto abaixo em sua rede social:
Hoje, 22 de março de 2017, como compromissado, registro aqui minha retratação pública aliada a sincero pedido de desculpas formais a todos os colegas vereadores da Câmara Municipal de Jundiaí da 17ª Legislatura – na qual me incluo – que, de algum modo, se sentiram atingidos na sua honra e dignidade após a divulgação de texto publicado nesta mesma página dias atrás.
Externo aos colegas o reconhecimento do constrangimento com o clima gerado desnecessariamente, pois em momento algum houve a intenção de atingir qualquer membro desta Casa. Porém, após sincera reflexão sobre o ocorrido, reconheço que, apesar da não intenção, fiquei refém de minhas palavras e faço aqui o ‘mea culpa’ sobre o ocorrido.
Peço a compreensão de todos para a verdadeira afirmação de que nunca houve a intenção de macular a imagem de quem quer que fosse, tanto à Câmara Municipal de Jundiaí e sua complexa estrutura funcional, bem como à individualidade parlamentar e pessoal de qualquer vereador. No texto publicado, em momento algum, a Câmara Municipal foi citada ou, nominalmente, qualquer vereador. Lá expressei minha decepção com a política brasileira, lato sensu. É isso que ficou mal entendido. São as duchas de água fria que todas as manhãs nos deparamos ao termos contato com as várias mídias…
Entretanto reitero aqui o dito ontem em reunião fechada, ocorrida durante recesso da sessão parlamentar, onde, perante a presença de todos os colegas, afirmei que não tive, em momento algum, a intenção de atingir ou levantar suspeito sobre quem quer que fosse e comprometi a me retratar publicamente, ação já realizada ontem mesmo em plenário e hoje aqui na rede social.
Registro também que, apesar de não ter citado a Casa das Leis ou o colegiado de vereadores, entendo a indignação de muitos deles com as opiniões expressas através de comentários de pessoas que leram a postagem e, por conseqüência, com as respostas acrescentadas aos comentários sem nossa intenção de tumultuar, terem causado tanta polêmica e mal estar. Declaro não ter sido esta a intenção e registro mais uma vez minhas escusas.
Como os nobres colegas vereadores, legítimos representantes do povo, sou uma pessoa que zela por sua integridade moral, profissional e lisura de conduta, educação que trago de berço de meus pais. Porém reconheço também que a impulsividade é algo que trago comigo e, amiúde, tenho que patrulhá-la, pois, quando não entendida como eu gostaria, torna-se traiçoeira.
Vivemos um momento de desencanto histórico em nosso país, o pior que já vivenciei ao longo dos meus 64 anos de vida. Uma crise de identidade, onde a política é uma delas. Somente com uma classe forte e empenhada obteremos a transformação que todos nós brasileiros desejamos. Sendo assim, reitero minha total confiança na probidade e empenho da atual vereança jundiaiense, a quem peço, mais uma vez, que me perdoem pelo desgaste gerado.
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Agradecendo a compreensão pelo exposto, estendo a mão cordialmente aos colegas Gustavo Martinelli (PSDB), Leandro Palmarini (PV), Paulo Sergio Martins (PPS), Marcelo Gastaldo (PTB), Marcio Pentecostes de Sousa (PMDB), Rogério Ricardo da Silva (PHS), Valdeci Vilar Matheus (PTB), Pastor Roberto Conde (PRB), Rafael Antonucci (PSDB), Adriano Santana dos Santos (PR), Romildo Antonio da Silva (PR), Cristiano Lopes (PSD), Douglas Medeiros (PP), Cícero Camargo da Silva (PROS), Antonio Carlos Albino (PSB), Edicarlos Vieira (PSD), Arnaldo Ferreira de Moraes (PDT) e Faouaz Taha (PSDB).
PS: Pelo ocorrido peço, gentilmente, que não postem comentários. Sinceramente, agradeço.