No momento em que escrevo este artigo a atual gestão de Jundiaí apresenta sua proposta de negociação salarial com o funcionalismo: reajuste zero nos salários e R$ 50 de aumento no cartão alimentação.
Quando assumi o governo em 2013 havia alguns problemas no funcionalismo que precisavam ser enfrentados. A folha de pagamento sofria um aumento significativo devido ao Plano de Cargos e Salários aprovado em 2012 (governo Miguel Haddad), feito às pressas e que não atendeu as necessidades, segundo afirmação do sindicato, publicada em seu boletim informativo.Tivemos que fazer um controle de horas extras e outras medidas de gestão da folha de pagamento.
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No entanto esse mesmo Plano deixou muitas categorias em situações de injustiças e incorreções que precisavam der corrigidas. Como a relação dos governos anteriores com o funcionalismo era de pouco diálogo, criamos então, outro tipo de negociação com o funcionalismo, culminando em 2015 com a criação da mesa permanente de negociação onde a categoria tinha acesso à todas as informações de forma transparente. Outro grave problema que existia quando assumimos era a carência de funcionários em muitas áreas. Através de concursos públicos contratamos servidores para as áreas prioritárias como guardas municipais (40% a mais), professores, merendeiras, médicos, etc.
Fizemos tudo isso como prioridade, pois sabemos que o bom funcionamento da máquina administrativa depende de uma categoria motivada e valorizada.
Em 2013 demos 8,16% de reajuste, índice acima da inflação do período, em 2014 demos 8% de reajuste contra uma inflação de 5,81% ou seja, novamente com aumento real. Em 2015 e 2016 fizemos a reposição integral da inflação de 8,34% e 9,83% respectivamente. O cartão alimentação teve reajustes de 21,67% em 2013, 15% em 2014 e 10% a cada ano em 2015 e 2016. Além disso, corrigimos distorções e demos aumentos significativos acima dos reajustes para 77 categorias do serviço público. Agentes de Desenvolvimento Infantil, Motoristas, Cozinheiras, Engenheiros e Arquitetos, Agentes de Zoonoses, Técnicos de Enfermagem são apenas algumas destas categorias.
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Reajuste ZERO para os servidores de Jundiaí destoa de todo este histórico. Cidades com dificuldades muito maiores que Jundiaí como Itupeva e Várzea Paulista ofereceram índices possíveis e conseguiram acordo com os servidores.
Minha expectativa é que haja acordo e que este meu artigo esteja desatualizado quando da sua publicação, pois mesmo em momentos de crise como este que estamos passando é necessário manter o diálogo com os servidores e buscar alternativas para evitar perdas, especialmente após o período dos últimos quatro anos que muitos servidores classificam como o mais importante nas conquistas e na valorização dos servidores públicos de Jundiaí.
PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).