Existem profissões que têm a tendência a desaparecer. Enquanto algumas crescem outras diminuem ou por não ter muita procura ou por não gerar credibilidade. Para lembrar alguns exemplos, difícil, por exemplo, encontrar lojas de alfaiates. Já foi o tempo em que se queria ternos sob medida, se comprava o corte de pano e o alfaiate executava o serviço. Outra profissão que praticamente desapareceu é a de sapateiro. Já foi o tempo em que se pagava centavos para um serviço de meia sola ou troca de salto. Engraxate desapareceu também por conta do conjunto da obra: some um, some outro. Mas uma profissão que vem diminuindo a credibilidade e sujeita a desaparecer, é a classe política. As denúncias de corrupção envolvendo presidente e ex-presidentes, inclusive com a condenação, em primeira instância de Luis Inácio Lula da Silva, mostram que o político brasileiro passa por uma fase de queda total.


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Além da corrupção tivemos uma semana triste e frustrante para o brasileiro: ver cinco senadoras ocupando a mesa da presidência do Senado Nacional, comendo marmitex, foi deprimente. A única atitude que a Comissão de Ética desta casa deveria tomar seria cassar estas mulheres. Tirar o mandato é pouco diante do nada que produziram como senadoras e decepcionante para o político brasileiro.


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Para que tudo não pare aí, outra decepção foi ver deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, analisar o processo contra o presidente Temer, acusado de corrupção. Ver Paulo Maluf, deputado que já esteve preso e é condenado por lavagem de dinheiro, dizer que Temer é vítima, além de parlamentares, inclusive do PT, afirmar que o ideal é deixar o caso para depois das eleições do próximo ano. Enfim, assistir a jornais na televisão é absoluta perda de tempo, porque não se tem uma notícia positiva sobre nosso País. Apenas denúncias e mais denúncias de corrupção a uma classe política que deveria ser varrida do Brasil e dar espaço à honestidade. Sonho? Quem sabe! Não custa, em 2018, evitar a ida às urnas. (foto principal: Fábio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil)

 

CLASSENELSON MANZATTO 
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com