A movimentação de homens e máquinas no terreno da antiga Duratex, ao lado do viaduto Sperandio Pelliciari, na Ponte São João, em Jundiaí, tem sido intensa nas duas últimas semanas. O Jundiaí Agora flagrou os trabalhadores quebrando o piso de concreto da antiga empresa e que, aliás, vinha acumulando água e poderia servir como criadouro do mosquito da dengue. Nem a Prefeitura de Jundiaí nem a empresa supostamente responsável pela obra se manifestaram até o momento.
A demolição da Duratex começou em junho de 2015. Na ocasião, a empresa REP informou que no local seria construído um shopping Center, um prédio para a Universidade UniNove e várias torres de apartamentos, em conjunto com a PDG, considerada uma das maiores construtoras e incorporadoras do Brasil. Na época, o site da REP apresentava uma ilustração de como seria o novo shopping da cidade. Hoje, esta ilustração não existe mais. Hoje, todo o alambrado que protege a área conta com pequenas placas da REP. Devido à distância, tanto do viaduto como na avenida, é impossível falar com os operários.
Há dois anos, quando surgiu a informação de que a Ponte São João receberia três grandes empreendimentos levantou-se uma grande polêmica a respeito do trânsito. Afinal, o entroncamento do viaduto Sperandio Pelliciari com a avenida Frederico Ozanam é um verdadeiro funil. Críticos diziam que as vias hoje existentes não suportariam tamanho fluxo de veículos. Em termos de obras para melhorar a mobilidade naquela região, apenas uma ponte foi construída sobre o rio Jundiaí, ligando a avenida Frederico Ozanam e a avenida dos Imigrantes.
LEIA TAMBÉM:
PREFEITO, MORADORES DO JARDIM DANÚBIO E PRESIDENTE DO SOS NÃO QUEREM ENTIDADE EMBAIXO DE VIADUTO
OPERAÇÃO TAPA BURACO SÓ APÓS MAPEAMENTO E COM DINHEIRO EM CAIXA
RADARES: ADMINISTRAÇÃO ANTERIOR EMPACOU E NEM CONCLUIU TERMO DE REFERÊNCIA
A Prefeitura foi questionada sobre as obras quem vêm ocorrendo no terreno da antiga Duratex e se realmente serão construídos ali um shopping, uma faculdade e torres de apartamentos. Até agora, a assessoria de imprensa não encaminhou as respostas. Através de e-mail, a REP também foi perguntada e também não deu esclarecimentos.
Em seu site, a REP se intitula “uma das principais operadoras de shoppings do interior de São Paulo”. Ela idealiza, cria, desenvolve, comercializa e administra empreendimentos deste tipo. É proprietária de cinco shoppings, incluindo o de Valinhos.
