No dia 10 de junho deste ano, Bianca Villanova Pinheiro Duarte, de sete anos, brincava em um brinquedo do playground de uma rede de fast food de Jundiaí. Ela sofreu uma queda de aproximadamente dois metros e bateu a cabeça. A história é contada pela mãe da menina, Miriam Villanova Pinheiro Duarte. Ela afirma que a vida da família mudou com o acidente. Bianca sofreu politraumatismo craniano, teve hemorragia e agora sofre com convulsões, espasmos e problemas psicológicos. Cuidadora de idosos, Miriam afirma que ela e o marido perderam os empregos por causa do acidente. Sem conseguir atendimento na rede pública de saúde e ajuda do estabelecimento onde a queda ocorreu, o casal se afundou em dívidas para pagar médicos e exames. “Vendemos tudo o que podíamos. Perdemos um apartamento que estávamos pagando para arcar com o tratamento. Estamos fazendo uma vaquinha porque não temos mais condições de pagar”, diz a mãe. A entrevista com Miriam:

Como foi o acidente com a Bianca?
Ela estava num brinquedo que ficava no parquinho de uma rede de fast food de Jundiaí e sofreu uma queda de aproximadamente dois metros. Fiquei em pânico. Ela desmaiou e ficou roxa. Os funcionários do estabelecimento chamaram o Samu e ela foi levada para o Hospital Universitário(HU). Depois foi para a Santa Casa de Louveira já que moro no Vista Alegre e, em seguida, voltou a ser encaminhada para o HU. Segundo os médicos, minha filha teve politraumatismo craniano e uma pequena hemorragia no lado esquerdo da cabeça. Ela passou a ter convulsões, além de muita dor de cabeça. De dois meses para cá começou a ter espasmos, tendo movimentos involuntários na perninha direita. Agora a outra perna começou a apresentar o mesmo problema. Ela toma dois comprimidos diários de Levitiracetam de 250mg. A dosagem deverá aumentar…
Como está a situação financeira de vocês?
Estamos passando por muitas dificuldades. Ainda não conseguimos que a Bianca seja atendida pelo sistema público de saúde. Eu e meu marido perdemos o emprego. Vendi a geladeira, fogão, televisão, máquina de lavar. Tudo de valor que tínhamos foi vendido para pagar os exames e médicos. Não tenho mais o que vender. Também perdemos o apartamento que compramos na planta. Ficamos devendo três prestações. Por tudo isso fiz a vaquinha. É ruim expor a família deste jeito. Mas foi a forma que encontramos para ajudar a minha filha, que está afastada da escola desde o acidente. Como eu e meu marido estamos desempregados fica difícil pagar médicos particulares. Mesmo assim estamos pagando mensalmente consultas com um neurologista e temos de refazer exames de ressonância, tomografia e de sangue por causa do coágulo na cabeça dela. O médico disse que por causa da piora é necessário refazer os exames já que ela pode ter mais espasmos, inclusive nos braços. Precisamos que a Bianca passe por médicos e faça os exames. Estamos buscando médicos particulares devido às dificuldades para conseguir atendimento na rede pública de saúde. Ela está na fila do SUS para consulta com o neurologista há quatro meses. Precisamos que a Prefeitura de Jundiaí, que está sabendo do caso segundo as funcionárias da UBS onde vou, assuma os custos do tratamento.
Está recebendo ajuda financeira da rede de fast food?
Não. Nosso advogado entrou em contato e passaram a enrolar a gente. Não posso citar o nome da rede por orientação do advogado. Foi dito que iriam fazer um acordo para pagar o tratamento da Bianca. Passaram para a seguradora que não fez o acordo. Vamos processar o estabelecimento por causa de todos os danos causados. Minha filha chora e diz que quer ir para a escola e não pode. Ela também não tem condições de brincar, correr e pular. Quando chega perto de um parquinho começa a tremer. Se ela se sente sozinha começa a gritar. Tudo isto causou um grande dano psicológico nela. Em mim e no meu marido também. Aliás, ela vinha passando por uma psicóloga que a diagnosticou com transtorno de estresse pós-traumático. Porém, devido à nossa situação financeira, tivemos de parar com esse tratamento. Estou devendo para essa profissional também. E a rede de fast food não aceita que o brinquedo onde ela caiu estava totalmente irregular. Temos todas as fotos. Onde ela caiu tinha um ferro com cobertura de EVA. Se uma criança caísse ali… Tanto que uma semana depois o parquinho foi retirado.
Quem quiser ajudar como deve fazer?
Através do PIX 353.589.798.08…
Nota da redação: Por determinação do advogado, a mãe de Bianca não revelou o nome da lanchonete onde o acidente aconteceu. Por este motivo, o Jundiaí Agora não pode entrar em contato para solicitar o posicionamento da mesma.
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