Nos últimos artigos tratei sobre Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal e sua importância para a proteção do próprio ser humano. Desta vez quero, com uma história pessoal, reforçar a importância do meio ambiente equilibrado também nas cidades, como caminho para mais saúde e felicidade. O respeito à legislação ambiental gera diversos benefícios para o próprio ser humano, para proteção da sua vida e da sua saúde, permitindo uma vida com dignidade, incluindo também economia de recursos públicos, tão necessários em diversas áreas para atendimento da população.
Permita-me contar uma percepção que me acompanha desde a infância. Quando eu tinha seis anos, minha família veio da região de Maringá, com muitas áreas de agricultura e cidades bem arborizadas. Fomos morar em uma casa alugada no Jardim Bonfiglioli, em Jundiaí. Era um bairro muito bem arborizado, com escola perto, com praças e outros espaços livres onde nós crianças jogávamos futebol, taco, bem como uma infinidade de brincadeiras, como soltar pipas, “polícia e ladrão”, bolinha de gude. As ruas eram de pedras em paralelepípedos, por onde as águas das chuvas, além de penetrar no solo, formavam minis cascatas e diversão para as crianças. A mudança de cidade não me afetou, pois o contato com a natureza foi mantido.
Para sair do aluguel, mudamos depois para uma casa financiada na Vila São Sebastião, onde não havia nem rede de esgoto, muito menos asfalto. Também não havia muitas árvores, nem praças, nem escola próxima… A vizinhança era e é excelente e por lá moramos muitos anos. Aos poucos o bairro recebeu melhorias, mas ainda precisa de atenção quanto à arborização e espaços públicos.
Quando criança não gostei nem um pouco dessa mudança de bairro, mas encontramos forças para vencer os desafios, sendo eu grato à minha família. A saudade do bairro anterior me perseguiu por muitos anos.
Depois, pude trabalhar em favor de uma cidade com mais proteção ambiental e justiça social. Continuo insistindo na importância do meio ambiente para uma vida melhor para todos.
Assim, particularmente falando, os recursos naturais em equilíbrio e até mesmo um bairro bem arborizado, com praças, com boa infraestrutura, melhora aspectos psicológicos e a saúde física e mental da população.
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Você já deve ter percebido que a população que vive nas áreas rurais tem menos problemas de saúde, principalmente de ordem psicológica, vivendo em maior harmonia com o planeta e o meio ambiente.
O respeito ao planeta, nossa única “casa”, é fundamental para o ser humano, para sua vida, com mais saúde e felicidade, porque:
“De uma coisa sabemos: a Terra não pertence ao homem. É o homem que pertence à Terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a Terra fere também os filhos e filhas da Terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que fizer à trama, a si mesmo fará.” (discurso do Cacique Seattle ao Governador de Washington, datado de 1854). Foto: Google Street View/Rua Angola-Jundiaí.

CLAUDEMIR BATTAGLINI
Promotor de Justiça (inativo), Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. Membro da Comissão de Meio Ambiente da 33ª Subseção-Jundiaí da OAB-SP. E-mail: battaglini.c7@gmail.com
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