DOAÇÕES

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Muitos são os olhos que ainda estão voltados para os voluntários que estão ajudando na tragédia do Rio Grande do Sul. Há serviço de sobra para quem se dispõe a fazer alguma coisa por aqueles que estão desabrigados, desesperançosos e necessitados de tudo. Doações de toda parte continuam chegando incessantemente e elas requerem um complexo processo logístico para que tudo aquilo que foi arrecadado chegue de fato aos seus destinatários. Da descarga ao armazenamento, da organização à distribuição.

Mas não é só no local da catástrofe ambiental que milhares de pessoas estão trabalhando. Acompanhei o trabalho de envio de carretas com as doações de nossa cidade arrecadadas pelo conjunto de setores da sociedade jundiaiense desde a cessão das carretas que foram carregadas por pessoas que deixaram seus afazeres regulares para arregaçar as mangas e triar, embalar e colocar dentro das carretas complementadas com o gerenciamento do envio. Muito mais não se pode fazer, embora este seja um trabalho fundamental para assegurar um mínimo de conforto aos nossos compatriotas.

Assim, aqueles que estão se dispondo a ajudar de todas as formas retornam para suas casas satisfeitos, mas cansados. Desacostumados desse tipo de atividade “muscular” voltam com a sensação de que estão, possivelmente, fazendo a diferença para tantos desafortunados. Este “abraço”, muitas vezes é tão importante quanto as coisas que estão sendo entregues, pois quem foi assolado pela catástrofe precisa do amparo material, mas, sobretudo do amparo emocional. Rearranjar a vida e consertar todos os estragos é uma tarefa extremamente dura e requer muita disposição.

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À medida que as águas vão baixando e os problemas vão aflorando só com muita disposição de ânimo para reconstruir a casa, os negócios, a vida. Saber que outras pessoas estão preocupadas e tentando ajudar sempre trás um alento e a sensação de que não se está abandonado à própria sorte, mesmo que a distância. Esses anônimos espalhados pelo país afora constituem um conjunto de forças que se contrapõem a todos aqueles que não só não ajudam como atrapalham com explorações político-eleitoreiras, desvio de doações, usos e abusos em benefício próprio.

Sem nenhum alarde ou buscando visibilidade tantos voluntários distantes realmente se entristecem com a tragédia e buscam ajudar conscientes de que estão suprindo aquilo que não chegaria aos desassistidos de outra forma. Gosto de continuar acreditando que ainda há muitas pessoas boas apesar das intermináveis notícias em contrário, ações e exemplos desencorajadores com os quais convivemos em nosso país.

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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