DESAFIOS DOCENTES

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Com o retorno, obrigatório, às aulas presenciais há um considerável conjunto de situações que podemos pensar sobretudo se estarão todos os envolvidos preparados para esta volta? Parece curioso fazer esta pergunta, mas retomar uma atividade mesmo que ensaiada e relativamente praticada não é um processo simples, tampouco óbvio. Existem muitos desafios docentes. Vários dos hábitos de um prolongado ensino remoto estarão presentes e os conceitos de uma educação híbrida ainda estão longe de uma compreensão plena, sobretudo pela diversidade de interpretações, muitas delas absolutamente equivocadas, que circularam em todas as mídias.

Assim, com prudência e moderação e contando com a boa vontade de todos será possível uma regularidade que não será mais a mesma, mas deve ter como pressuposto a recuperação das aprendizagens não desenvolvidas, que não são representadas apenas pelos conteúdos perdidos, mas por todo o processo de formação e transformação que qualquer processo educativo regular e evolutivo requer.

Há muita coisa acontecendo para nos ajudar nesta tarefa. Assisti, recentemente, uma palestra com o velejador Beto Pandiani, promovida pela Anebhi – Associação Nacional da Educação Básica Híbrida -, na qual ele relata algumas de suas muitas viagens náuticas realizadas em condições e lugares que requerem um enorme espírito de aventura e uma resistência extrema. Isto porque fez estas coisas com pouquíssimos recursos em barcos leves e com dimensões inapropriadas para o gigantismo da proposta, como atravessar o Oceano Pacífico, do Chile à Austrália, em um catamarã de menos de dez metros. Do mesmo modo contornou o cabo Horn e cruzou o Drake, que é aquele canal imenso que separa o fim da América do Sul e o continente antártico. Temperaturas de menos 20 graus e rajadas de vento de até cento e 50 quilômetros por hora. Velejando por períodos de meses.

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Muitos de seus relatos se aplicam às diversidades que o sistema escolarizado passou nestes últimos tempos e escolhi uma de suas frases como ilustração: “no mar você não tem direitos, só deveres”. Inquestionavelmente constatamos o tempo todo, como tantas pessoas extremamente zelosas com seus direitos são tão negligentes com seus deveres. Durante a pandemia as escolas, os professores, os alunos e suas famílias tiveram que se adaptar às atividades remotas com a finalidade de não interromper o processo de aprendizagem. O dever acima de quaisquer direitos. Estávamos no mar e tínhamos que continuar velejando. E assim foi feito.

Este é o mês do professor e dia quinze passado houve muita celebração e agradecimentos pela forma como atuaram os docentes em tantos momentos de dificuldades e incertezas. Tenho muito orgulho de ser professor e acredito que todos nós docentes devemos estar cientes da importância de nosso trabalho sem o qual não teríamos atravessado estes mares revoltos. Parabéns professores!(Foto: Pinterest)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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