A grande verdade é que não ocupamos o mesmo lugar na vida das pessoas que elas ocupam na nossa. Não somos especiais para todos. E está tudo bem! Não conseguimos agradar a todos, ter os mesmos princípios e valores que os outros, ter os mesmos sentimentos. E está tudo bem! Mas, são tantas as vezes que nos frustramos por não ocuparmos a posição que achamos que merecemos na vida das outras pessoas e são tantas as vezes que criamos expectativas nas relações e não somos atendidos… Por que isso acontece?
Isso acontece porque criamos expectativas demais acerca dos outros e esquecemos de olhar para nós. Acabamos por apenas projetar o que queremos, idealizando dentro da nossa visão o que seria perfeito, o que nos traz contentamento e não conseguimos enxergar que as pessoas são diferentes daquilo que criamos na nossa mente, ou que, o outro pode mudar, tanto quanto nós. Isso acontece frequentemente, em diversos campos de nossas vidas. E, por mais que tentemos não criar essas expectativas, vez por outra, acabamos por julgar o comportamento dos outros. Nossa percepção de aceitável faz parecer a única opção para que possamos manter essas relações. Nem sempre o que oferecemos ao outro é o que ele precisa também. Olhamos as nossas expectativas, mas esquecemos que existe o outro lado da moeda, existem outras pessoas envolvidas. Queremos muito a compreensão dos outros, queremos ser indispensáveis, especiais, na vida de alguém. Contudo, não entendemos que eles também têm suas expectativas e que nós podemos não estar atendendo-as.
Quando falamos de pessoas, um primeiro fator e talvez o mais importante, é compreender que somos diferentes. Precisamos, em primeiro lugar, conhecer, entender nossos sentimentos e principalmente, sabermos com exatidão, o que queremos para nós. Aos nos relacionarmos precisamos buscar, não mudar a ordem das coisas; entender que mesmo que seja bom ter aquela relação, devemos nos priorizar e não mudarmos quem somos para caber no mundo de alguém. E ninguém deve mudar para que possa permanecer em nossa vida. Precisamos ter a compreensão que nem tudo está ao nosso controle, que nem sempre seremos especiais para os outros. Sentimentos são bem mais complexos do que julgamos. Dentro de todo contexto existe uma pessoa que talvez não tenha os mesmos recursos e possibilidades que nós.
Toda relação precisa ser conversada! Isso mesmo, não importa qual a relação seja, ela precisa ser pautada do que o outro espera de nós e o que podemos lhe ofertar. Precisamos tratar nossas relações interpessoais, com maturidade, respeito, paciência, e principalmente ouvir o que o outro está nos comunicando, mesmo que não seja de maneira verbal. Entender o momento de cada um, como está a vida dessa pessoa. Analisar se o que realmente esperamos é tangível ou se é apenas projeção do nosso inconsciente que pode estar trazendo à tona instintos primitivos, impulsos e até mesmo situações que não são racionais.
Saber quando sair de cena também é parte desse processo de entendimento e percepções. Quando analisamos as nossas relações e notamos que existe uma entrega demasiada por nossa parte, que não há reciprocidade uma preocupação, cuidado, zelo, que não existe pela outra pessoa, talvez seja melhor, se afastar e observar. Algumas pessoas apenas gostam daquilo que você proporciona a elas e não verdadeiramente da sua companhia. Algumas apenas querem que você permaneça na vida delas. E está tudo bem.
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Não ser a pessoa preferida de alguém, é isso… As vezes é só sobre o que você pode ser. E sobre ter pessoas especiais que realmente respeitem seu posicionamento e quem você é na sua essência. Pode ter certeza que existe alguém que sabe do seu real valor: você!
Não esqueça do seu valor, mesmo que as pessoas a sua volta deixem de procurá-lo, não o priorize, não telefone. Todos podem esquecer você ou o quão importante você já foi para elas. Apenas não esqueça que você é especial para você, por você! (Foto: Cottonbro Studio/Pexels)
ROBERTA TEIXEIRA PERES
Gestora, terapeuta holística, especialista em desenvolvimento humano, Eneagrama. pós-graduada em neuromarketing e PNL Aplicada em gestão de pessoas.
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