Martinelli: Sem ressentimentos e com orgulho da atual gestão

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O pré-candidato a prefeito Gustavo Martinelli(União Brasil) afirma que não tem nenhum ressentimento em relação à escolha de Luiz Fernando Machado por José Antônio Parimoschi, ambos do PL. A escolha lógica do prefeito seria apoiá-lo. Mas não foi o que aconteceu. Machado optou por trabalhar a pré-candidatura do ex-gestor de Governo e Finanças. O vice-prefeito diz que tem orgulho de fazer parte da atual administração e que quer continuar trabalhando pela população. Nesta entrevista ele fala ainda sobre a escolha do vice, Ricardo Benassi e o trabalho na pré-campanha. Para Martinelli, em outubro, os eleitores não avaliarão os partidos e sim os candidatos. Confira:

Martinelli, por que você quer ser prefeito de Jundiaí?

Eu quero ser prefeito de Jundiaí por um único motivo: continuar trabalhando para melhorar a vida das pessoas. Esta é a razão pela qual eu entrei para a política, antes mesmo de me eleger para o meu primeiro de três mandatos consecutivos como vereador até me tornar vice-prefeito. Minha trajetória me enche de orgulho e gratidão. Só posso agradecer a Deus e a todos aqueles que me apoiaram até aqui, como o saudoso ex-prefeito Ary Fossen, que no ano de 2005 me deu a oportunidade de participar da sua gestão para ser o administrador do Complexo Esportivo Francisco Dal Santo, na Vila Rami, e também para desenvolver um trabalho pioneiro com a Melhor Idade. Naquela época eu tinha apenas 18 anos de idade. Hoje, com mais de 20 anos de experiência pública, continuo dedicando minha vida a cuidar dos jundiaienses e da nossa cidade que tanto amamos.

Você foi vereador por três legislaturas, presidente da Câmara e vice- prefeito. Acha que estes cargos, para o eleitor, são suficientes para credenciá-lo para a disputa?

Com toda certeza. Ao longo destes mais de 20 anos de vida pública, sempre trabalhei para defender os interesses dos jundiaienses. Como vereador duas vezes mais votado e numa delas o mais votado da história de Jundiaí até então, tive a oportunidade de conhecer de perto cada canto da nossa cidade e os seus problemas, sempre escutando as pessoas para entender as suas reais necessidades. No meu terceiro mandato como vereador, tive a oportunidade de presidir a Câmara Municipal e, sob a minha gestão, fizemos uma economia de mais de R$ 21 milhões. Parte deste dinheiro foi usado pelo prefeito Luiz Fernando (que estava no seu primeiro mandato) para pagar os salários atrasados dos funcionários do Hospital São Vicente. Como vice-prefeito da atual gestão, participo ativamente das principais ações, sempre cumprindo o papel que me foi confiado pela população. Acredito que a minha experiência acumulada no poder legislativo e executivo me proporciona uma visão abrangente e estratégica para Jundiaí, algo essencial para governar uma cidade do nosso porte.

Você foi do PSDB por muito tempo. Por que deixou o partido, Martinelli?

Desde as jornadas de junho de 2013, ocorreram muitas transformações sociais no Brasil, onde a população se levantou contra a classe política, o que inevitavelmente ocasionou um rearranjo entre os partidos, seus filiados e a sociedade em geral. Antes destas transformações, o PSDB era a opção quase que exclusiva para quem defende a livre iniciativa, a economia de mercado, o empreendedorismo, a menor intervenção do Estado na economia sem deixar de lado as questões sociais e tantas outras pautas que eu também sou partidário. É por este motivo que a minha vida partidária se deu quase que completamente no PSDB, no entanto, percebi que o partido não acompanhou as mudanças necessárias para se alinhar aos novos anseios da sociedade, deixando de se posicionar como oposição e em tantas outras pautas importantes. Essa desconexão me levou a tomar a decisão de deixar o partido.

Por que decidiu se filiar ao União Brasil?

O União Brasil é o partido político onde eu fui acolhido para dar continuidade ao trabalho que desenvolvo há mais de 20 anos em prol da população de Jundiaí.

Martinelli, você tem ressentimento pelo fato de não contar com o apoio de Luiz Fernando Machado?

De forma alguma. Sou vice-prefeito de Jundiaí e eu tenho muito orgulho de fazer parte de uma gestão que a população escolheu nas urnas para liderar as transformações que fizemos nestes últimos quatro anos na nossa cidade. Respeito as escolhas e continuo comprometido com o progresso de Jundiaí para dar continuidade ao trabalho.

O prefeito e o candidato dele são do PL, partido de direita. O União Brasil também é direita. Você e o Parimoschi estão na frente nas últimas pesquisas. O fato de União e PL terem semelhanças ideológicas pode dar um ‘nó’ na cabeça do eleitor?

Não, porque o eleitor está avaliando o candidato e não o partido político. O eleitor vai avaliar a pessoa, o seu histórico e as suas propostas para melhorar a vida dos jundiaienses. Acredito que a minha história de vida pública e minhas propostas para o futuro de Jundiaí são os fatores importantes para a escolha do eleitor.

Como você pretende se mostrar como uma opção viável para o eleitorado?

Apresentando as propostas que possibilitem que Jundiaí continue crescendo e que a população tenha melhorias significativas na sua qualidade de vida. Cabe aos candidatos apresentarem as suas propostas e é desta forma que a população vai fazer as comparações para tomar a decisão. Jundiaí é uma boa cidade para se morar, mas pode se tornar uma boa cidade para se viver, e creio que minha trajetória de resultados e meu compromisso com o futuro de Jundiaí, somados ao time comprometido e da nossa cidade, serão a base para conquistar a confiança do eleitor.

Como está sendo a pré-campanha, Martinelli?

Estamos trabalhando na construção do Plano de Governo, sempre ouvindo a população para compreender o que precisamos melhorar na nossa administração e organizando a equipe que estará conosco nesta empreitada. É importante salientar que, neste momento, a minha prioridade é continuar fazendo um bom trabalho como vice- prefeito, participativo, como sempre foi desde o primeiro dia do meu mandato. A campanha começa apenas no dia 16 de agosto. A população não está, neste momento, com a cabeça no processo eleitoral e o trabalho não pode parar.

Dentre todos os pré-candidatos você é o único que já definiu o vice, que é um nome de peso. Qual será a relevância dele neste processo eleitoral?

O Ricardo Benassi tem uma história de vida que é um exemplo para todos nós. Assim como eu, começou a trabalhar bem cedo, ainda na adolescência. Faz parte de uma família que saiu da Itália e que veio para o Brasil em busca de oportunidades e que venceram, sempre focados no trabalho. É uma pessoa muito ética, transparente e honesta, família e que valoriza o trabalho como a grande ferramenta de transformação social, além de ter uma vasta experiência como gestor no setor privado. Com todos estes atributos, com certeza cumprirá um papel muito importante ao longo do processo eleitoral, porque o eleitor avaliará o conjunto e não apenas o candidato a prefeito. Nossos perfis se complementam e, por reconhecer a importância de um bom vice, temos trabalhado a quatro mãos nesta pré-campanha. Sua experiência e ética reforçam nossa proposta de um governo comprometido e eficiente.

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Aliás, se você vencer, qual será o papel do vice na Prefeitura?

No meu mandato como prefeito, o vice-prefeito terá um papel ativo, assim como eu tenho atualmente. O Ricardo tem muitas competências e certamente vai colaborar em diversas áreas da administração. Pretendo delegar responsabilidades importantes ao Ricardo, e mais do que isso, tomarmos decisões em conjunto, aproveitando sua experiência para potencializar nossa gestão.

Já está preparando um plano de governo? Quais os principais tópicos?

Estamos nos reunindo com diversos setores da sociedade e com a população em geral. Neste momento, estamos na fase final, mapeando todas as áreas que precisam de maior atenção. Assim que este trabalho for concluído, apresentaremos para a apreciação de todos os interessados. Nosso plano de governo será detalhado e alinhado com as reais necessidades de Jundiaí, visando uma gestão humanizada, transparente e apresentando melhorias concretas principalmente nas áreas da saúde, segurança, educação e mobilidade urbana.

Na hipótese de um segundo turno entre você e Parimoschi, pensa na possibilidade de buscar apoio do PT, PCdoB, PV, PDT, PSOL, Rede e PRTB?

Não penso, neste momento, em qualquer tipo de aliança…

Quando seu nome será referendado, Martinelli?

Na convenção partidária em data que divulgaremos em breve.

Jundiaí não tem representante na Assembleia Legislativa, a Alesp, e na Câmara dos Deputados, em Brasília. Os deputados raramente fazem projetos para a cidade. Como será seu relacionamento com as duas casas?

Jundiaí é uma cidade muito importante não apenas para o estado de São Paulo, mas nacionalmente. Portanto, vamos abrir um diálogo com todos aqueles que podem nos ajudar a melhorar a nossa cidade e a vida da população, sejam eles deputados estaduais ou federais. A administração será proativa em estabelecer parcerias e alianças para garantir que Jundiaí tenha a representação e os recursos que merece para continuar a atingir bons índices de desenvolvimento e qualidade de vida.(Foto: Gustavo Martinelli)

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