LFM: A escolha por Parimoschi e os planos para 2026

parimoschi

O vice-prefeito Gustavo Martinelli seria o nome natural para Luiz Fernando Machado(LFM) apoiar nas eleições deste ano. O prefeito, porém, escolheu como pré-candidato José Antônio Parimoschi, gestor de Governo e Finanças. Ambos deixaram o PSDB e se filiaram ao PL de Bolsonaro. LFM considera o vice “um garoto com muito talento”. Mas Martinelli teria perdido o timing, o momento certo, segundo o prefeito. Já Parimoschi, para Machado, é a pessoa mais preparada para dar continuidade à sua gestão. Ele não nega que pode até ser chamado para assumir uma secretaria do Governo do Estado no próximo ano. Mas está de olho mesmo é nas eleições de 2026. Resta saber se para deputado estadual ou federal, lembrando que ele já se elegeu para os dois cargos. A última parte da entrevista:

Por que o seu pré-candidato à Prefeitura é o José Antônio Parimoschi e não seu vice, o Gustavo Martinelli?

Entendo que os atributos para comandar a Prefeitura estão todos na figura do Parimoschi. Não tenho nenhuma crítica, nada que desabone a conduta do Gustavo, um garoto com muito talento. Mas acho que para o enfrentamento dos próximos anos, para o relacionamento de Jundiaí com os governos Estadual e Federal, com a Reforma Tributária, para fazer a manutenção e implementação dos projetos, o Parimoschi tem toda a competência. Ele é o melhor gestor público para governar a cidade. Estou há sete anos na Prefeitura e aprendi a lidar com muitos perfis de liderança. Não tenho dúvida que para a permanência da Escola Inovadora, conclusão de projetos do São Vicente, enfim, todos os projetos desde o primeiro mandato quando o vice era o dr. Pacheco, só conseguirão ser mantidos com a vitória do Parimoschi. É uma escolha não só da relação pessoal, mas, uma escolha que tem a ver com atributos. Não só eu posso fazer esta comparação. Toda sociedade conhece as duas lideranças e sabe a diferença entre um e outro. O Gustavo deixou de ocupar um protagonismo executivo quando não quis ser secretário municipal. Também deixou de ter um protagonismo regional quando não quis ser candidato a deputado estadual. Para manutenção daquilo que eu construí aqui, o melhor nome é o do Parimoschi.

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Como anda seu prestígio no PL, seu novo partido?

Eu não trabalho com a vaidade do prestígio. Trabalho com as condições que me são dadas. Hoje sou o vice-presidente estadual do PL. Tenho uma forte participação nas discussões que envolvem o partido em São Paulo. Minha filiação deu uma dimensão do peso político que Jundiaí passa a ter. Estou muito feliz nesta nova sigla.

Dos prefeitos mais recentes você se igualou a Miguel Haddad: dois mandatos, já foi vereador, deputado estadual e deputado federal. O que falta?

Fazer o meu sucessor, coisa que o Miguel também fez.

Só?

Estes são os passos de 2024. Vou trabalhar cada passo no seu tempo…

Nos bastidores já se comenta que você, no próximo ano, poderá ocupar uma secretaria no Governo do Estado. Isto tem fundamento?

Dentro das perspectivas políticas, pode acontecer. Não sei se será o meu desejo. Deixando claro que nunca houve conversa sobre isto. Dentro da política, especulações mais atrapalham do que ajudam. Estou há 20 anos com mandato. Não sei se gostaria de ir para um governo que estará chegando no meio do mandato. A equipe do governador é muito boa. Quem sair será uma grande perda. Além disto, não preciso estar no Palácio dos Bandeirantes para ajudar o governador. Com certeza quero disputar as eleições de 2026…

A qual cargo?

Este é o grande ponto. Uma construção majoritária passa pela construção de vínculos com o partido. Vou me dedicar a isto. Não sei ainda qual cargo disputarei.

Janeiro de 2025 será de descanso? Terá um período sabático?

Pretendo descansar sim. Sou muito novo para um período sabático. Se eu descansar 20, 30 dias, já está bom. Preciso ficar com meus filhos. Quero levá-los na escola e buscá-los. Quero estar mais próximo e presente. Eles nasceram e eu já era político. Então, compreendem. Quero pegar o carro com minha família e perguntar: onde vamos?

Depois deste descanso, se o Parimoschi for eleito e precisar da sua ajuda?

Estarei à disposição. Sem me meter no governo dele. Foi o exemplo que o Miguel Haddad me ensinou. Ele, apesar de ser o político mais próximo de mim, nunca veio ao meu gabinete dar sugestão. Ele foi muito delicado e generoso comigo. Pretendo ser assim. Quero ajudar o Parimoschi. Vale salientar que nos últimos sete anos Jundiaí recebeu muitos recursos do Estado e da União. Creio que somadas, estas verbas são maiores do que tudo que Jundiaí recebeu na história. Fizemos muitas obras importantes. Por exemplo: ninguém lembra como era o bairro Torres de São José. É por causa das obras lá que tenho 80% de aprovação na vila Hortolândia. Acabamos com as enchentes, resolvemos os problemas de mobilidade. Hoje, aquela região ganhou uma Unidade Básica de Saúde que atende toda a população. A anterior era muito acanhada. A escola Candelário de Freitas é referência para o Estado. Sempre deixei claro para todos na Prefeitura que aqui não é uma construtora. Nós somos uma prestadora de serviços. Obra é consequência do governo. O paciente precisa chegar na oncologia do São Vicente e ser atendido de forma digna. Isto é prestação de serviço. Não é apenas ter um bom local físico, com equipamentos. É ser bem acolhido, receber atendimento humanizado. A sociedade precisa recuperar a empatia. Fui criticado porque tiramos seis vagas de estacionamento da rua Barão de Jundiaí, na frente do Centro das Artes. Só que os críticos não entendem que o espaço será frequentado por 500 pessoas. Ali também tem uma escola, o Conde, que é um dos principais patrimônios históricos do Estado. Com o Centro das Artes, transformamos a rua Barão num corredor cultural. Veja o Natal deste ano. Quando começamos a projetar o Natal, pedi para que colocassem crianças cantando no Solar. E aí vou contar algo que me surpreendeu: o Solar não era nosso e pagávamos aluguel pelo uso do imóvel. É preciso manter o lastro. Outro dia, na frente do São Vicente, peguei o Parimoschi comovido, olhando a praça. Ele contou que o pai cuidava daquele local. Hoje, os jovens não estão nem aí com a história. O mesmo acontece com o hospital. A sociedade, moradores e empresas, nos ajudou a reformar o prédio porque conhece os serviços.

Você pretende fazer uma grande troca de gestores por conta da eleição?

Obrigatoriamente, o meu candidato se afastará em abril. O Parimoschi, que é gestor de Governo e Finanças, opera muito bem com o gestor da Casa Civil, o Gustavo Maryssael. Vou avaliar. Lembrando que faltará oito meses para o mandato acabar. Não há tempo para ser fazer algo novo. O nosso time está muito azeitado. Não traremos muita gente de fora. Faremos arranjos.

E para uma possível vitória do Parimoschi?

Aí é com ele. As políticas implementadas nos sete últimos anos estão dando certo. É preciso dar prosseguimento. Toda e qualquer candidatura que não seja o Parimoschi não me passa segurança de que a continuidade acontecerá. (Atualizada em 10/01/24)

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