Ata, assinaturas, notificações, vídeo: PL inicia análise das ‘traições’

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A partir desta segunda-feira(6), o presidente do PL de Jundiaí, Adilson Rosa, começará a cuidar da ‘traição’ dos vereadores Madson Henrique, Tiago Da El Elion e João Victor. Na eleição para a presidência da Câmara, eles votaram em Edicarlos Vieira(União Brasil), candidato do prefeito Gustavo Martinelli. A candidata do PL – partido do ex-prefeito Luiz Fernando Machado e do ex-gestor José Antônio Parimoschi, derrotado por Martinelli na eleição para a Prefeitura – era a vereadora Quézia de Lucca. Até a última sexta-feira(3), Rosa disse que não tinha conversado com os três vereadores. Porém, na Câmara, a informação era de que o presidente do partido e os ‘traidores’ estavam bastante estremecidos. Os três ainda não se manifestaram. Quanto a Quezia, ela não teria ido ao Legislativo desde o dia 1º.

O Jundiaí Agora consultou um advogado especializado em Direito Eleitoral. Ele teve acesso à ata da reunião entre os vereadores do PL e a direção local do partido, à notificação extrajudicial enviado pela sigla a todos os parlamentares eleitos e também ao regimento do partido. O advogado disse que os três vereadores poderão ser advertidos e até expulsos. Porém, não correm o risco de perder o mandato por infidelidade partidária.

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Entenda o caso – No vídeo em que se coloca ao lado de Quézia, Adilson Rosa pede para que os três “tenham a decência de deixar o partido já que não comungam dos valores e princípios do PL ao apoiarem o candidato do prefeito eleito(Gustavo Martinelli). O representante do PL adiantou que se os três não pedirem para sair, será aberto processo para a tomada de medidas cabíveis “para a limpeza no partido”.

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Rosa lembrou que os seis vereadores do PL somaram quase 53 mil votos. “Nós tínhamos fechado um acordo pré-eleitoral estipulando que o candidato a presidência da Câmara seria o nosso vereador mais votado, no caso, a Quézia de Lucca. Este acordo foi reafirmado numa reunião do diretório municipal com os vereadores eleitos. Todos assinaram a ata da reunião concordando com a candidatura da vereadora. Para a nossa surpresa, tivemos três traições nas votações de ontem: Madson Henrique, Tiago Da El Elion e João Victor. Os três são evangélicos, inclusive”, ironizou Rosa.

Análise – O comunicado do presidente do PL veio depois da análise do Jundiaí Agora, publicada na manhã de quinta-feira última, sobre as votações de ontem na Câmara. O texto afirmava que a bancada do maior partido do Legislativo rachou já na escolha do presidente da Câmara Municipal, dos vices-presidentes e secretários. O ex-prefeito Luiz Fernando Machado, e o ex-gestor de Governo e Finanças, José Antônio Parimoschi, candidato derrotado por Martinelli, fazem parte da sigla.  Quézia de Luca teve os votos de Leandro Basson e Rodrigo Albino.

Depois de cumprimentar Edicarlos, Quézia disse que “muito mais do que ter um cargo ou poder, o que é mais valioso é a nossa palavra. Pode ser que nos outros partidos exista um consenso de não eleger seus próprios candidatos. Mas, uma bancada com seis vereadores e termos uma deslealdade partidária como a de hoje é inadmissível. A palavra precisa ter honra e caráter. Eu sou de um partido e o honro”, disse. Em seguida, Quézia agradeceu Leandro Basson e Rodrigo Albino, que em todas votações escolheram os nomes do PL.

E agora? – A ‘traição’ pode ter três resultados: Madson, Tiago e João Victor deixarem o PL por conta própria; os vereadores serem expulsos do partido ou toda a confusão acabar em pizza. Se a última hipótese for confirmada, se nada acontecer com os vereadores que votaram em Edicarlos, ficará evidente que o PL – que detém hoje a maior bancada da Câmara – se apequenará moralmente. Adilson, depois de um discurso forte nas redes sociais, ficará desacreditado. Por sua vez, ficará evidente que a vereadora Quézia de Lucca, ficará sem o apoio do partido sendo a única vítima de um acordo não cumprido. O PL continuaria sendo a maior bancada. Desunida, mas ainda a maior.

As outras duas possibilidades reduzirão o Partido Liberal fisicamente. Se os vereadores aceitarem o pedido de Adilson Rosa e deixarem o PL, o partido passará a ter três vereadores apenas. Esta hipótese é pouco provável já que Madson, Tiago e João Victor perderiam o mandato. Eles não colocariam a cabeça na guilhotina. Quanto as chances de serem expulsos, isto é possível. Só que os parlamentares manteriam os mandatos e migrariam para outros partidos. O PL também passaria a ter três vereadores.

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