RESOLUÇÃO desta crise toda se dá em outra esfera…

RESOLUÇÃO

Semana tensa. Clima tenso. Ânimos tensos. Serei breve, rápido e rasteiro, porque estamos em tempo em que se falar bom dia a resposta será: bom dia por quê?  Juntamos uma série de anomalias e experiências ruins, dentro de nosso país, com resoluções a perder de vista; entretanto a saída não está em nos indispormos entre nós, mas em cobrarmos daqueles que elegemos. Diretamente lá. A resolução da crise se dá em outra esfera.

Todo mundo alterado, todo mundo apontando dedos, mas a situação crônica a que chegamos, que veio de mais de duas décadas de desfaçatez, precisa ser bloqueada e resolvida. Entretanto não há um passe de mágica para isso e, nessa hora, começam as acusações e manipulações. Acredito se momento de testarmos nossa inteligência e atacarmos quem nos defenestrou: vamos à classe politica.

Vejam, temos indicativo de que cada senador tem mais de duas dezenas de assessores enquanto um enfermeiro atende 50 pacientes. Por que não iniciar por ai? Por que não repensar nessa formula injusta e abusiva? Não seria a hora de sangrarmos os fundos partidários. O auxílio paletó, auxílio moradia, cartões corporativos e auxilio alimentação dos políticos? Os jetons e os salários deles não poderiam ser suspensos?

Mas, enquanto isso ficamos brigando para ver quem fica com o osso. Acredito que não interessa se será Pedro ou Paulo, desde que se considere que ambos são enganosos e rasteiros, mas que se possibilite uma tentativa de brecar o carro que vai ladeira abaixo. É preciso analisar que a crise política misturou-se com a crise da saúde, uma é emergencial e outra vem de duas décadas de desmando. Mas precisam ser estancadas.

Fica muito difícil ver pessoas que curtiram os bloquinhos, agora, neste momento, maldizendo a quarentena. Então, por que não cantam e dançam agora? No Carnaval já estávamos abraçando o coronavírus sem cuidados extras, e ninguém se preocupou. Difícil mesmo.

Será que agora os pais percebem o valor dos professores? Entendem como é difícil lidar com crianças mimadas, sem educação e birrentas (aliás, isso vale para as crianças de 17 e 18 anos, também) e passam a valorizar um pouco mais do trabalho dos profissionais do ensino, seja público ou privado? Porque quando os professores se queixam em reuniões de pais e mestres, são encarados como despreparados e folgados. Inclusive sem respaldo da própria escola.

O que dizer e pensar para dizer do profissional da saúde, que faz a linha de frente? O auxiliar de enfermagem, o atendente, o pessoal da limpeza hospitalar, que dão suas caras ao tapa, antes do atendimento médico? Lógico está que o médico e o enfermeiro também estão na situação de risco, com uma proteção diferenciada, mas como ajudar aos que estão ali, na linha de frente?

Estou sentindo falta de nossos grandes atletas do futebol, que mudam de times por causa de passes vultosos; não tenho lido sobre ajuda ao país, nesta hora de crise. Agora seria hora deles demonstrarem seu amor aos fãs e oferecerem sua ajuda financeira, visto que os hospitais estão sucateados. Mas, eles voltarão a brilhar quando a crise passar.

Na mesma linha estão os artistas, cantores, poetas. Alguns até entendo porque disseram que iriam embora do país, caso que deve ter acontecido porque sumiram. Mas, e daí? Cadê? Que humanismo é esse? De qual socialismo eles falavam?

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 E aqui cabe mais um momento de reflexão: é duro ouvir letrados falando de socialismo e capitalismo sem saber ao certo o que é um e o que é outro. A arrogância é uma marca nossa, em especial de uma geração acima dos 45 anos, que as vezes fala do quanto sofreram com o regime imposto pelos militares, Mas para se lembrarem do que viveram naquele período é preciso ter mais de  60 anos; será que houve reencarnação? Ou faltou memória? Ou as contas não batem? Ou são mentiras retóricas para se fazer de politizados?

Em países civilizados a população se une contra a desgraça. Em países incultos a população se aniquila e é varrida pela ignorância. Isso me dá medo. Tenhamos uma boa semana, dentro de nossas parcas possibilidades.(Foto: Ana Volpe/Senado Federal)

AFONSO ANTÔNIO MACHADO 

É docente e coordenador do LEPESPE, Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte, da UNESP. Mestre e Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte, pela UNESP, graduado em Psicologia, editor chefe do Brazilian Journal of Sport Psychology. Aluno da FATI.

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