SENSAÇÃO de não pertencer a lugar nenhum ronda Paula, nos EUA

SENSAÇÃO

Nascida em São Paulo, a advogada Paula Adriani Mohrle morou em Jundiaí por 25 anos. Hoje vive hoje em Miami, nos Estados Unidos, com a família. Ao ser questionada sobre viver longe do Brasil, Paula diz que as vezes se sente uma estranha no ninho, com uma sensação de não pertencer a lugar nenhum. A entrevista:

Onde você morou em Jundiaí?

Sempre vivi na vila Municipal. Estudei no Divino Salvador. Depois fiz o curso de Direito na Unianchieta, onde me formei em 1997.

Chegou a trabalhar aqui?

Trabalhei como advogada em Jundiaí por três anos, tendo escritório próprio na rua do Rosário. Após esse período, tive a oportunidade de morar nos Estados Unidos pela primeira vez, em 2001.

Você é casada? Tem filhos?

Sim! Sou casada com Oseas Santos e tenho dois filhos, Isabela de 14 anos e Vitor de 19 anos, ambos brasileiros.

Ainda tem família em Jundiaí?

Toda minha família mora na cidade. Visito pai, mãe, irmãos, sobrinhos, tia e primos uma vez por ano…

Sente falta de algo?

Sinto menos falta do ritmo da cidade de Jundiaí. Aqui nos EUA e bem diferente com relação ao trânsito e ao comportamento das pessoas. O trânsito é mais organizado e tudo é elaborado de uma forma inteligente. As pessoas se respeitam mais. Aliás, o respeito entre as pessoas faz do país uma grande nação!

Onde mora?

Estamos morando em Coral Gables no Estado da Flórida, cidade ligada a Miami. Meu marido recebeu uma proposta de trabalho e viemos para cá em 2017.

Você se adaptou facilmente?

A minha adaptação pela primeira vez foi bem difícil. Vim para os EUA pela primeira vez sem falar o inglês e o meu filho Vitor tinha apenas 1 ano de idade. Moramos no Estado do Arkansas, centro oeste dos EUA. Por já ter morado nos EUA uma vez, a minha adaptação na Florida foi bem mais tranquila. Não senti o choque cultural que tive antes e o conhecimento da língua me ajudou muito.

Tem alguma curiosidade para contar?

O mais curioso que presenciei aqui foi com relação ao comportamento das pessoas. Os americanos não se beijam no rosto quando se cumprimentam, o que para o brasileiro e muito normal. Eles não têm muito contato corporal, no máximo um aperto de mão.

Os furacões e tornados são frequentes no Estado onde você vive…

O clima aqui na Florida é bem parecido com o Norte do Brasil, quente e úmido. Mas o que diferencia muito do Brasil e a ocorrência de grandes tempestades tropicais e ocorrência de Tornados e furacões. Em setembro de 2017, o furacão Irma atingiu o Estado da Florida e tivemos que evacuar. O sistema de monitoramento do clima aqui nos EUA é muito avançado. Esse sistema acompanha a formação dos furacões desde o litoral da Africa e diversos modelos podem prever com certa acuracidade a potencial trajetória e se/quando fenômeno pode impactar a região onde vivemos. Assim, temos tempo para nos programarmos e nos desviarmos dele. A temporada de furacões e extensa e sempre começa no dia 01 de junho e vai até 30 de novembro.

Sente saudade?

Confesso que as vezes me sinto fora do ninho morando aqui. A sensação e de não pertencer mais a lugar nenhum. Mas ainda não tive vontade de retornar para o Brasil.

Há preconceito?

Aqui em Miami, 75% da população e latino americana, ou seja, somos maioria e não sofremos preconceito com relação a raca de forma alguma. Já no Estado do Arkansas, predomina a raça branca e senti bastante preconceito por ser brasileira.

Tem a preocupação de acompanhar os fatos ocorridos no Brasil ou deixou tudo pra lá…

Tenho acompanhado as noticias do Brasil pela Globo Internacional e confesso que, com todo esse esquema gigante de corrupção em nosso pais e outros recentes acontecimentos como as tragedias de Mariana e Brumadinho, me fizeram sentir vergonha de ser brasileira.

E sente orgulho de algo?

Sinto muito orgulho quando vejo jovens humildes vindo para cá para estudarem nas melhores Universidades americanas por mérito e esforços próprios.

Você fala com frequência que é brasileira?

Na verdade, sempre digo que sou brasileira e eles me perguntam, de que parte do Brasil: e respondo São Paulo apenas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tem algo que não goste daí?

O que menos gosto aqui é a comida. De fato, isso me incomoda muito. Aqui ainda imperam as grandes redes de fast food (comida rápida). Mas a mentalidade das pessoas esta mudando. Acredito que a nova geração esta apostando no conceito de comida mais saudável e abandonando o fast food. Temos alguns restaurantes que seguem a linha mais saudável como Chipotle, Pollo Tropical, Diced, Ceviche, mas ainda não é o suficiente. Então, procuro preparar a minha comida em casa.

E o que mais gosta?

O que mais gosto daqui e o respeito que as pessoas têm umas pelas outras e o sistema como um todo. Tudo funciona e as leis são severas e cumpridas.

Um dia seremos igual aos Estados Unidos em termos de desenvolvimento?

Eu acho que o Brasil esta muito longe de chegar ao nível dos EUA. A união das pessoas aqui em prol do país impressiona. Tudo e levado muito a serio, principalmente a educação das crianças. A minha filha estuda em escola publica muito bem conceituada e equivalente a uma escola particular no Brasil. Os livros são oferecidos pelo governo bem como algumas refeiçoes.

O que faz aí? Trabalha?

Atualmente estou aqui como dona de casa e full time mother (mãe o dia todo).

Costuma encontrar brasileiros? 

Já encontrei brasileiros por aqui sim, mas nenhum vindo de Jundiaí

Pensa em voltar?

Não pretendo agora para o Brasil.

Existe alguma coisa que Jundiaí poderia importar dos EUA?

Jundiaí poderia importar o sistema inteligente de transito daqui que, apesar de Miami ser uma metrópole, o transito flui muito bem.

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