CLIMA, a catástrofe no RS e o desrespeito ao Meio Ambiente

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Neste momento de muita dor e sofrimento, é importante uma reflexão sobre as mudanças do clima, a catástrofe no Rio Grande do Sul e a relação com o desrespeito ao meio ambiente. Se não aproveitarmos para refletir e agir em função de eventos extremos que vêm ocorrendo em diferentes partes do país, certamente não aprenderemos a prevenir situações dessa natureza, dizimando cada vez mais vidas e sofrendo inúmeros outros prejuízos.

O texto que segue foi escrito com ajuda do ChatGPT, mecanismo de inteligência artificial, que consegue nos ajudar a entender algo que o ser humano tem dificuldade em compreender e, principalmente, de promover mudança de atitude.

Nos últimos anos, todo o país tem enfrentado uma série de eventos climáticos extremos, culminando recentemente em uma catástrofe que devastou a região do Rio Grande do Sul com inundações, mortes e inúmeros prejuízos. Este cenário catastrófico não pode ser entendido isoladamente, mas analisado no contexto mais amplo das mudanças climáticas globais e das práticas locais de desrespeito ao meio ambiente, incluindo a degradação das áreas de preservação permanente (APPs) e o desmatamento acelerado.

As mudanças no clima são um fenômeno global causado pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, resultado principalmente da queima de combustíveis fósseis, desmatamento e outras atividades humanas. Este aquecimento global altera os padrões climáticos, aumentando a frequência e a intensidade de eventos extremos como chuvas torrenciais e intensas, secas severas, entre outros.

No contexto do Rio Grande do Sul, estas alterações climáticas têm se manifestado através de chuvas intensas e prolongadas, que ultrapassam a capacidade de absorção do solo e dos sistemas de drenagem locais. Estas chuvas resultam em inundações devastadoras, como a que recentemente atingiu o estado, causando perdas humanas e materiais significativas. Este fenômeno é intensificado pela falta de planejamento urbano adequado e pela ocupação desordenada de áreas de risco.

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio ambiental, atuando como zonas de proteção dos recursos hídricos, controle da erosão e manutenção da biodiversidade. No entanto, a degradação e ocupação irregular destas áreas têm sido uma prática recorrente, motivada pelo crescimento urbano desordenado e pela expansão agrícola.

A ocupação das APPs tem agravado os efeitos das chuvas intensas. A vegetação nativa, que atua como um tampão natural contra a erosão e ajuda na infiltração da água no solo, tem sido substituída por construções e plantações. Esta substituição reduz a capacidade do solo de absorver a água da chuva, aumentando o escoamento superficial e, consequentemente, o risco de inundações. Além disso, a destruição das matas ciliares, que protegem as margens dos rios, tem levado ao assoreamento dos cursos d’água, reduzindo sua capacidade de vazão e exacerbando as enchentes.

O desmatamento é outro fator crucial que agrava a vulnerabilidade do Rio Grande do Sul e outros Estados às inundações. A remoção de grandes áreas de floresta nativa para dar lugar a atividades agrícolas ou urbanas tem impactos diretos no clima local e na capacidade de resposta aos eventos climáticos extremos. As florestas atuam como reguladoras do ciclo hidrológico, contribuindo para a evapotranspiração e a formação de nuvens, além de protegerem o solo contra a erosão.

Os desmatamentos não apenas contribuem para o aquecimento global, mas também reduz a resiliência da região aos extremos climáticos. Sem a proteção das florestas, o solo se torna mais vulnerável à erosão e menos capaz de absorver a água da chuva, aumentando o volume de água que escorre para os rios e, portanto, o risco de enchentes.

A catástrofe no Rio Grande do Sul é um alerta contundente sobre as consequências do desrespeito ao meio ambiente e da falta de ação eficaz contra as mudanças climáticas. É imperativo que políticas públicas sejam implementadas para proteger as APPs, controlar o desmatamento e promover um uso sustentável do solo, com adequado e eficiente planejamento urbano. A adaptação às mudanças no clima requer uma abordagem integrada que combine a conservação ambiental com o desenvolvimento urbano e agrícola sustentável.

Investir em infraestrutura verde, restaurar áreas degradadas e fortalecer a fiscalização ambiental são passos essenciais para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, é crucial promover a conscientização da população e dos tomadores de decisão sobre a importância da preservação ambiental para garantir a resiliência das comunidades diante dos eventos climáticos extremos.

A tragédia no Rio Grande do Sul não é um evento isolado, mas um reflexo das pressões humanas sobre o meio ambiente. Somente através de um compromisso sério com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental poderemos evitar que desastres como este se repitam no futuro.

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Enquanto chove demais em alguns lugares e épocas, por aqui a estiagem já mostra seus efeitos, tanto que recentemente o Município de Vinhedo decretou situação de emergência no abastecimento de água em face da falta de chuvas regulares. Inúmeros municípios já estão em alerta em relação a isso. Aliás, esse tema de escassez hídrica foi abordado neste espaço recentemente. Ninguém deseja que a escassez hídrica ocorrida no Estado de São Paulo há 10 anos se repita novamente, mas para isso mais ações concretas devem ser promovidas.

São muitos os desafios das mudanças do clima, cabe a nós de uma vez por todas minimizar seus efeitos com mais respeito e recuperação do meio ambiente, fonte de toda vida, alimento, água, energia e tudo o mais que necessitamos para viver com dignidade.  Como sempre alerto, é melhor prevenir do que remediar, porque, afinal, depois de consumados os prejuízos nem tudo se recupera…(Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Claudemir Battaglini. Promotor de Justiça (inativo), Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. Vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB Subseção Jundiaí e Vice-presidente do COMDEMA Jundiaí 2023/2025. E-mail: battaglini.c7@gmail.com

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