COPA DO MUNDO

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Absolutamente impossível evitar deixar-se contaminar pela Copa do Mundo de futebol diante da enxurrada de notícias e eventos amplamente divulgados pela mídia em todas as suas vertentes. Parece que todos os outros assuntos estão em um plano secundário e temos que assistir a jogos diários, em quatro horários, ao longo desta etapa inicial. O comprometimento é tanto que é imperativo saber quem joga com quem, os jogadores envolvidos, os esquemas táticos e os prognósticos, além de todos os fatos extra campo como as divergências, algumas questões políticas ou preconceituais.  Se alguém se machucar temos que estar atualizados com exatidão sobre o grau de risco da lesão deste ou aquele atleta, até os horários das partidas passam a determinar o que abre e o que fecha.

Vamos deixar claro que não tenho nada contra e assisto aos jogos da copa que posso mesmo alguns de relevância duvidosa, entretanto para os repórteres esportivos é um tempo de glória. Nunca tantos e por tanto tempo ocuparam os espaços jornalísticos como nesse período. Todos foram convocados para narrar, informar e comentar, muitos “in loco”, outros nos estúdios graças aos avanços tecnológicos que aproximam os torcedores dos estádios onde as partidas se realizam. Parece, muitas vezes, que estamos em campo tamanho o conjunto de recursos que fazem, inclusive, a relevância do VAR se tornar absoluta. Ninguém comemora mais um gol até que o VAR se manifeste.

Neste cenário apareceram as chamadas “zebras”, originárias da nossa loteria esportiva, para designar resultados aparentemente improváveis e inesperados. Todavia, ao analisar os jogadores que compõem os elencos, podemos constatar que eles não jogam em times semi-amadores em seus países de origem, mas em grandes clubes da Europa. É comum constatar que muitos desses representantes de nações pouco cotadas atuam com destaque em um time da primeira divisão da Inglaterra, França ou Espanha, recebendo salários milionários. O futebol está definitivamente globalizado e não há mais equipes inocentes ou despreparadas.

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Evidentemente nem todos têm um celeiro de craques e por isso sua competitividade é reduzida, mas a imprevisibilidade de resultados, que é um dos grandes atrativos do futebol e, talvez, a razão do seu sucesso, seja a justificativa para mobilizar o mundo todo em função de um torneio. Aparentemente são muitos os candidatos a levantar a taça embora sempre se possa arriscar um favoritismo. Há fortes indícios, pelo grupo de jogadores, pela preparação e pelas apresentações até aqui, que a equipe que representa nosso país tenha perspectivas positivas de alcançar o que tem sido amplamente anunciado como o hexa, simbolizando a sexta conquista.

De todo modo vamos conferir com a esperança de que nossa seleção cumpra bem o seu papel e continue com sua jornada de glórias na Copa do Mundo.(Foto: Freepik)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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