Moção: Vereador diz que CPFL tem atuação “omissa e negligente”

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Na sessão da Câmara Municipal de Jundiaí desta terça-feira(14), os vereadores votarão um projeto de lei complementar, três projetos de lei, um projeto de denominação e três moções. Aliás, uma delas deverá agradar muitos moradores: a moção 659/2024, do vereador Paulo Sérgio Martins(foto), repudia “a atuação omissa e displicente da Companhia Piratininga de Força e Luz, a CPFL, em Jundiaí”.

Não é de hoje que a CPFL está no radar dos parlamentares. Na década passada, o então presidente da Câmara, Gérson Sartori, apresentou moção de repúdio contra a empresa. “Não sei como é nos outros municípios mas aqui está faltando compromisso, comprometimento. Não tem um serviço que te atende, um serviço que dá retorno e a gente fica ao Deus dará”, disse na ocasião. Além das quedas constantes de energia e deficiência no atendimento ao cidadão, o presidente da Câmara apontou que a empresa provocava problemas nas áreas sob as linhas de alta tensão.

O vereador Dika Xique-Xique teve moção aprovada por unanimidade apelando à empresa para zelar pela infraestrutura compartilhada na cidade. Representantes da CPFL foram à Câmara para responder às reclamações apresentadas. O texto da moção ressaltava a falta de organização dos cabos instalados e a falta de manutenção, que representa riscos à segurança. Outros vereadores apresentaram demandas da população, como o investimento em melhor infraestrutura para evitar as constantes quedas de energia registradas em diversos bairros da cidade. Em resposta, o Consultor de Negócios da CPFL Energia, colocou-se à disposição para receber e solucionar as demandas. Informou ainda que estava sendo desenvolvido um projeto de revitalização da rede elétrica da Rua Rangel Pestana – modelo que, num segundo momento, será implantado em toda a cidade e que resultará em uma melhor prestação de serviço.

Em janeiro deste ano, o atual presidente da Câmara, Antônio Carlos Albino, informou que pediu à Delegacia Seccional de Jundiaí abertura de inquérito policial contra a CPFL sob acusação de crime contra o consumidor. Ele mapeou os inúmeros problemas de fornecimento de energia – como interrupção e demora no reestabelecimento – ocorridos no ano passado. “Quedas de energia aconteceram frequentemente m Jundiaí. Recebi muitas reclamações. É preciso investigar se os consumidores foram lesados. A CPFL deve melhorar os serviços prestados”, explicou ele.

Nova moção – Paulo Sérgio Martins afirma que os moradores de Jundiaí sofrem “devido à atuação negligente da CPFL e é necessário expressar profundo descontentamento e repúdio em relação às práticas da empresa. Nos últimos meses, tenho sido testemunha de uma série de questões que têm afetado significativamente a qualidade de vida dos moradores e o funcionamento das empresas locais. As frequentes interrupções no fornecimento de energia elétrica têm sido uma fonte constante de frustração e dificuldade para os moradores. As quedas de energia ocorrem com frequência alarmante, causando transtornos e prejuízos para os moradores e comerciantes. Além dos inconvenientes imediatos, como a interrupção de atividades domésticas e comerciais, essas falhas no fornecimento de energia têm colocado em risco a segurança dos moradores, especialmente daqueles que dependem de equipamentos elétricos essenciais, como respiradores e aparelhos médicos. É importante destacar que em períodos de chuvas e ventanias, como é comum na região, a espera pela restauração do fornecimento de energia, especialmente em áreas rurais, torna-se ainda mais demorada e problemática”, afirma ele.

Para o vereador também há “práticas abusivas de cobrança e o descaso no atendimento ao cliente por parte da CPFL têm sido fonte de grande indignação e frustração para os moradores de Jundiaí. Muitos têm enfrentado dificuldades para resolver questões relacionadas às suas contas de energia, passando longos períodos de espera em linhas telefônicas e recebendo respostas inadequadas ou nenhuma resposta em suas solicitações. Essa falta de transparência e de compromisso com o atendimento ao cliente é inaceitável e demonstra uma clara negligência por parte da CPFL. Uma vez que a empresa tem a obrigação legal e moral de fornecer serviço de qualidade aos consumidores da região, é fundamental que a CPFL tome urgentes providências para resolver essas questões”, argumenta Martins.

Outro lado – Em abril passado, a CPFL divulgou que investiu nos últimos três anos mais de R$ 476 milhões no sistema elétrico da região de Sorocaba e Jundiaí. Durante 2023, cerca de R$ 200 milhões foram aplicados em obras e iniciativas com foco na modernização e expansão da rede das mais de 20 cidades da região. Se somarmos os recursos destinados a todos os 27 municípios onde a companhia atua, os aportes chegaram a R$ 400 milhões no ano passado. “Ao introduzirmos novos equipamentos e modernizarmos as nossas estruturas, tornamos o sistema elétrico mais robusto e seguro para o fornecimento de energia. Assim, reforçamos o nosso compromisso de oferecer uma infraestrutura de qualidade e dimensionada para acompanhar o crescimento das cidades. O nosso plano é investir mais de R$ 2,6 bilhões em nossa área de concessão até 2028”, afirmou Carlos Zamboni Neto, diretor-presidente da CPFL Piratininga.

Em 2023, só em Sorocaba e Jundiaí, foram aplicados cerca de R$ 80 milhões em ações para dar suporte ao crescimento de mercado. “Estimulamos a geração de novos negócios e a permanência de indústrias na região, contribuindo assim, para fortalecer a economia do estado de São Paulo”, explica Zamboni. Os investimentos contínuos e consistentes realizados pela distribuidora são fundamentais, principalmente frente ao cenário de mudanças climáticas que vem se agravando nos últimos anos. “Ano passado, os eventos climáticos nos desafiaram, mas provamos que seguimos dedicados a aprimorar nossos serviços diariamente, trabalhando com foco em entregar excelência e segurança ao sistema elétrico, especialmente em situações de contingência”, afirma o diretor-presidente.  

Outros itens da pauta – Mas nem só de CPFL vive a pauta da Câmara desta terça. O projeto de lei complementar número 1.078/2021, de autoria do vereador Val Freitas, é o primeiro item da pauta. O texto altera a lei complementar 482/09, que trata sobre a manutenção de imóveis vagos e desabitados, edificados ou não, além de regular a arrecadação e a aquisição da propriedade, pelo Município, de imóvel abandonado, para estabelecer valores de multa em Unidades Fiscais do Município.

Depois serão votados o projeto de lei 14.313/2023, do vereador Faouaz Taha, que cria a Campanha Maio Furta-Cor de conscientização sobre a saúde mental materna e a proposta 14.348/2024, de Paulo Sérgio Martins, que prevê políticas públicas de apoio e assistência às pessoas com Síndrome de Phelan-McDermid. O vereador Roberto Conde terá analisado o projeto de 14.352/2024 que cria e inclui no Calendário Municipal de Eventos o “Dia da Propriedade Intelectual(26 de abril).

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