

Na semana passada, a Assessoria de Políticas para Igualdade Racial, da Prefeitura de Jundiaí fez uma homenagem ao ex-goleiro que mora na Vila Nambi(foto acima). Ele recebeu uma placa como reconhecimento do feito. Em toda sua carreira, Pelé perdeu apenas três pênaltis. “Sou jundiaiense de coração e quero agradecê-los pela homenagem. O esporte consegue unir as pessoas e é disso que o mundo precisa atualmente. Obrigado a todos”, relatou.

O juiz apitou a penalidade. Na batida, o rei deu a famosa paradinha? Mas Lourenço acertou o canto? O esquerdo para fazer a defesa?
O ex-arqueiro não conseguiu evitar a derrota de seu time, mas parou Pelé, que o cumprimentou após o lance. E lembra nostálgico daquele momento como se fosse hoje.
“O Rei não bateu mal. Eu que tive a felicidade de acertar o lado. Ele deu aquela paradinha e esperei primeiro tocar na bola para pular no canto. Eu prensei a bola na trave com a ponta das luvas e consegui agarrá-la antes dela sair pra escanteio”, recorda ele.
Lourenço nasceu em 1941 na cidade de Jacarezinho, Paraná, e se criou na paulista Presidente Prudente, onde iniciou a carreira futebolística no Prudentina. Teve passagens também pelo Arapongas, do Paraná, Paulista de Jundiaí e pendurou as chuteiras na Associação Atlética Alumínio, em 77, aos 37 anos.
Lourenço se orgulha de ter sido contemporâneo de uma grande safra de goleiros. Jogou contra Emerson Leão, Félix, José Poy, Manga, Valdir de Moraes, entre outros grandes nomes. Nos tempos de São Bento, foi companheiro de craques como Marinho Perez, Luís Pereira, Aranha e Paraná, ponta-esquerda que serviu a Seleção Brasileira na Copa de 66, na Inglaterra.

(Foto: TV Jornal Cruzeiro do Sul/Youtube/2015)
Quando jogava, era considerado bom pegador de pênaltis. No entanto, do alto de seu 1,80m, estatura considerada baixa para um goleiro na atualidade, tinha dificuldades de sair do gol em bolas cruzadas. Conta que com a intensificação dos treinamentos melhorou tal fundamento.
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O ex-goleiro também se orgulha de jamais ter sido expulso de campo. Mas nem por isso recebeu o troféu Belfort Duarte. Tudo porque em uma partida em que faltou energia elétrica no estádio fez uma brincadeira citando que o árbitro havia retirado seu bicho, já que seu time vencia por 3 a 1 até aquele momento. Citado na súmula, ficou impossibilitado de receber a honraria. (Foto principal: professor Nori Silva – Texto: Raphael Cavaco/Terceiro Tempo).
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