O passado cada vez mais presente no MUNDO VIRTUAL

mundo virtual
(Foto: Construção do Sesi da Vila Rio Branco/Janczur

A tecnologia não para de avançar e conquista a população. Ninguém resiste às inovações tecnológicas. Celulares, automóveis e às mudanças no visual das cidades, com parques arrojados, novas praças e, sobretudo, os arranha-céus. Quem não olha e admira, por exemplo, aqueles prédios próximos ao trevo da Avenida Jundiaí com a Anhanguera? Mas não pensem que diante deste cenário de deslumbramento popular com o novo, o moderno, o passado “já era”. Não. Ele está bem presente. E crescendo no mundo virtual. Vejamos…Multiplicam-se na rede social os grupos para postagens de fotos históricas, seja do patrimônio de nossas cidades, seja das ruas e paisagens rurais. E no embalo, famílias também têm buscado no fundo do baú fotos de seus parentes e digitalizado fotos, para imortalizar os seus no acervo virtual de nossas cidades. Ou mesmo personagens desconhecidos fotografados nas ruas… “quem conheceu esta figura?”

O interesse da população pelo passado, pela história, se verifica na quantidade de membros nesses grupos e o quanto interagem, dando likes, comentando e também postando fotos. São grupos extremamente dinâmicos, que acabam contribuindo com a cultura e o resgate da história local, pois sempre surgem novidades, uma imagem ou uma história até então desconhecida ou que até muda o conceito que existia sobre algo ou alguém. E não pensem que é só a parcela “veterana” da população que acompanha esses grupos e faz comentários cheios de saudosismo. Há uma parcela da nova geração que tem bastante interesse no resgate histórico e preservação desses bens, inclusive se engaja na luta, como presenciamos em Jundiaí nos últimos anos, os movimentos pela preservação da chamada “Casa Rosa” na Rua Barão de Jundiaí. Toda postagem sobre esta célebre residência, nos grupos relacionados à história, rende participação dos internautas em defesa da preservação. Quando não é mobilização para preservação, a participação gira em torno de análises e debates acerca da imagem divulgada no mundo virtual. Exemplo, fotos que mostram a antiga Praça Governador Pedro de Toledo com sua fonte ou até mesmo os velhos ônibus que atendiam a cidade, dos urbanos aos Jumbos e Dinossauros da Viação Cometa.

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Não são somente cidades grandes e médias que possuem grupos dinâmicos na internet sobre sua história. Estes grupos vêm surgindo também nas menores, como Patrocínio Paulista e Itaberá, cidades que também não são tão antigas como Jundiaí, Sorocaba e Campinas, mas já conseguiram resgatar muitas imagens de seu desenvolvimento nos últimos 100, 150 anos e também retratos de seu povo, suas famílias. Tudo digitalizado e imortalizado no mundo virtual. Por conhecer mais de 300 municípios paulistas desde adolescente – e também ter muitos registros fotográficos – participo de grupos de várias cidades, acompanhando esse dinamismo e constatando o interesse da população, de variada faixa etária, pelo resgate histórico. Este fato evidencia a importância de buscarmos um equilíbrio para o progresso, a continuidade do desenvolvimento de nossas cidades sem apagar sua memória física, respeitando o que tem valor histórico e pode gerar riqueza, inclusive através do turismo. Em outro artigo escrevi sobre o que Portugal fatura com o turismo graças à preservação de seu patrimônio histórico, bairros antigos como a Mouraria, Alfama e outros. Turistas de todo o interior do país e outros países visitam Lisboa para conhecer esse patrimônio.

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Analisando o aspecto emocional e sob a luz da razão, o saudosismo equilibrado não é negativo, não leva a pessoa a “viver no passado”, como muitos falam, inclusive os extremistas do lado oposto, que pregam na internet que “todas as paredes velhas devem ser derrubadas”. Coerente é tirar lições do passado, com os pés firmes no presente, de olho no futuro e suas surpresas. É dessa maneira que também vamos compreendendo que do mundo nada se leva de coisas materiais, mas o conhecimento, o aprendizado, de alguma forma estará presente para onde formos. E uma das lições que aprendemos nesta sociedade ficou imortalizada numa famosa expressão; “da força da grana, que ergue e destrói coisas belas”.

GEORGE ANDRÉ SAVY

Técnico em Administração e Meio Ambiente, escritor, articulista e palestrante. Desenvolve atividades literárias e exposições sobre transporte coletivo, área que pesquisa desde o final da década de 70.

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