Quem tem Facebook sabe que vez ou outra chegam solicitações de amizade e é muito gostoso quando o pedido vem daquele amigo que a gente não vê há séculos. Isso com certeza já deve ter acontecido com você. Entretanto, especificamente neste período pré-eleitoral, chove “amigo” querendo fazer parte do seu grupo de amizade no face e é irritante descobrir que muitos deles só estão interessados, mesmo, em abrir o leque de novos contatos para enviar propaganda eleitoral pró ou contra esse ou aquele candidato. E isso vale também para o WhatsApp e Instagram.
Coloco minha mão no fogo se você, leitor(a) não recebeu mensagem política de amigo que está trabalhando ou apoiando algum candidato. Se não recebeu, com certeza vai receber. Concordo que neste período isso é a coisa mais comum e até mesmo natural, afinal, grande parte da população brasileira está efetivamente engajada, qualquer que seja o lado. E isso faz parte da democracia e faz bem ao cidadão essa participação política.
Entretanto, fica um pouco deselegante aquela pessoa que nunca procurou você para nada, se interessar em ser seu amigo neste momento político. Coincidência? E a gente, por gentileza e educação, aceita as solicitações para, na sequência, ser bombardeado única e simplesmente por postagens eleitoreiras. Isso cansa.
É que hoje em dia, com a Internet, as campanhas políticas mudaram da água para o vinho. Já foi o tempo de se manter cabos eleitorais nas ruas distribuindo “santinhos” dos seus candidatos. As novas gerações nem pegam esses panfletos e ainda consideram um crime a poluição ambiental a quantidade de papel jogado nas calçadas. Também ficou démodé imprimir milhares de tabloides contando os feitos dos políticos, se os eleitores de agora não tiram os olhos dos celulares. Balançar bandeiras nos semáforos e abordar as pessoas com faixas, cartazes e cédulas em papel também faz parte do passado.
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O que restou aos nossos políticos e suas respectivas militâncias foi mesmo investir nas mídias sociais e é o que vemos todos os dias com as solicitações de amizades, por exemplo. Nossos celulares estão entupidos de mensagens eleitoreiras e muitas, infelizmente, são “fakenews”. Mas quando passar o período eleitoral, esses novos amigos vão esquecê-lo de novo, afinal, já não precisam mais de você, ou melhor, do seu voto.(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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