Nas últimas eleições, 2.645 Juízes Eleitorais atuaram como fiscais de todos os atos eleitorais – da expedição dos títulos à votação, passando pela verificação da integridade das urnas eletrônicas. Estes Magistrados, por sua vez, ingressaram na Magistratura por concurso público e desde então foram proibidos de exercer atividade político-partidária, garantindo-se que as eleições brasileiras sejam manejadas por agentes necessariamente imparciais, sem qualquer interesse em que A ou B se saia vencedor. E isto com o auxílio de milhares de funcionários e técnicos altamente capacitados e igualmente isentos, além da supervisão do Tribunal Superior Eleitoral, composto por Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça e por Advogados de notável saber jurídico.
Em paralelo, as eleições estão à vista de todos, no Brasil e no exterior. Nesta semana, servidores da Agência Brasileira de Inteligência (ABIn) declararam que “não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas desde a implantação do atual sistema”. Também esta semana, países de democracia consolidada, a exemplo dos Estados Unidos da América, externaram a percepção de que o sistema eleitoral brasileiro é sério e confiável.
Não é pra menos. O sistema eletrônico de votação não tem predileção por qualquer espectro ideológico. Desde sua implantação, o Brasil elegeu partidos de direita e de esquerda e levou à Presidência da República governantes de pensamentos antagônicos. Sempre– vale repetir – com a fiscalização de milhares de Juízes imparciais, com o auxílio de milhares de funcionários e técnicos altamente capacitados e igualmente isentos, sob a supervisão dos mais altos Magistrados do país e sob as luzes da sociedade civil e da comunidade internacional.
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O candidato que coloca em xeque o sistema eleitoral brasileiro é indigno de se candidatar. Ao assim agir, atua de maneira ilógica e sub-reptícia, colocando em dúvida a seriedade de milhares de Magistrados e funcionários, além de duvidar da inteligência de seu povo, que o colocou onde está por este mesmo sistema – que só passou a ser ruim, para o tal candidato, quando percebeu que o povo não o quer mais lá. E por isto é que o título deste artigo menciona a existência de um “flerte” com a indignidade.
É um mau título. Este flerte já virou um casamento consolidado e indissolúvel.(Foto: www.tre-es.jus.br)

FILIPE LEVADA
É juiz de Direito
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