Formação DOCENTE

docente

Em um pequeno intervalo de tempo acessei dois textos sobre formação docente. Um editorial do jornal o Estado de São Paulo, edição do último dia 14, e uma Indicação do Conselho Estadual de Educação (nº07/2000) sobre este assunto. O primeiro se refere à desvalorização da carreira docente no Brasil e o segundo sugere ações para melhoria dessa formação. Em ambos se constata que a docência, como profissão, carece de prestígio e que nada de novo tem sido feito para melhoria da formação e da carreira do magistério.

Os dois textos reafirmam a enorme importância de termos bons professores para alavancar o processo educativo, reconhecendo que o desenvolvimento da educação de qualidade na educação brasileira, que sempre está na rabeira das avaliações internacionais, passa diretamente pela valorização da formação e da carreira docente, sugerindo um conjunto de ações para atender este imperativo na educação brasileira.

Entretanto, diante da absoluta falta de atratividade da profissão temos um fenômeno de consequências negativas imprevisíveis. Se nos países considerados de primeiro mundo são recrutados os melhores alunos para se prepararem para formar os demais, o que parece ser no mínimo inteligente, por aqui são os estudantes com o pior desempenho no Enem que se interessam pelas licenciaturas. Este é um descompasso difícil de superar.

No editorial recente um dos elementos considerados é que há uma quantidade considerável de estudantes de licenciaturas e de pedagogia matriculados na modalidade a distância, em franca expansão, o que justificaria a precariedade da formação mesmo reconhecendo a relevância da metodologia. É fundamental distinguir que a eventual deficiência não está na EaD, mas do seu uso indiscriminado e descuidado.

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Na realidade há cursos excelentes na modalidade a distância tanto na graduação como na pós-graduação, assim não podemos preconceituosamente acreditar que os formados nessa modalidade estarão menos preparados que os egressos do presencial, o que pode ser evidenciado pelo desempenho desses alunos nos exames nacionais que são realizados com os egressos de todos os cursos superiores em todas as modalidades.

Todos os movimentos disruptivos que nos podem tirar do anacronismo da escola tradicional apontam para um processo educacional flexível no qual a aprendizagem ocorre em diferentes tempos e diferentes locais atendendo as individualidades, anseios e disponibilidades dos educandos. Neste cenário possível a educação híbrida é o melhor caminho combinando tecnologias e metodologias em benefício das aprendizagens significativas que possibilitam a construção dos conhecimentos. É fundamental que os bons professores sejam preparados para isso.(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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