As vacinas estão aí, mas o mundo continua receoso, ainda não voltamos às atividades como antes. Nossas reuniões na casa de familiares, de amigos, nas igrejas… locais fechados e com muitas pessoas nos amedrontam. E nessa incerteza dos próximos meses, tivemos e continuamos com tempo para reflexões acerca de nossas locomoções. Qual valor damos ao espaço à nossa volta? Acima, abaixo, no meio?
O mundo virtual levou muitos de nós para a zona de conforto. Conversar com amigos sem sair de casa, fazer pedidos e receber alimentos na porta de casa… até o trabalho de muitos veio para dentro de casa, o “home-office”. Mas saíamos quando “desse na telha”. Nada nos segurava, nenhum receio. Diferente de agora, com a pandemia. Saímos. Arriscamos. Mas nada como era antes. Existe todo um ritual antes e depois. Põe máscara, tira máscara, lavar roupas, onde deixar os calçados, limpeza cuidadosa do que estamos trazendo para o lar… de repente, todo esse espaço lá fora passou a ser foco de nossa atenção, uma atenção que nunca demos, a não ser para as pessoas com as quais iríamos encontrar, o local de encontro, a balada. Justamente os lugares onde mais se faz necessário cuidados e manter certa distância. Então, começamos a direcionar os olhares para aqueles espaços que menos nos atraía… os espaços abertos. Praças, parques, campos, locais isolados… para tantos habituados à “cultura shopping”, locais fechados “por serem mais seguros”, o impacto foi maior.
No entanto, mesmo nos locais abertos, outrora vistos como inseguros pela cisma de com quem cruzaríamos, vem à mente agora o temor pelo inimigo invisível. Onde estaria esse vírus? Temos que sair de casa com máscara. Afinal, não sabemos quem passou por ali minutos atrás. Diante disso tudo, muitos podem ter parado um pouco com o mundo virtual (agora muito mais necessário devido ao distanciamento social recomendado) para refletir… como faz falta o “lá fora”. “Poderia ter desfrutado mais as visitas a determinadas pessoas… visitado outras que não vejo há tempos… conhecido este, aquele lugar… conhecido cidades… ou mais da minha própria cidade”. Daí, surge a pergunta: qual o valor damos ao espaço à nossa volta?
Mas àquelas pessoas que se dispõem a reflexões mais profundas, novos horizontes vêm. Como pode num mundo tão vasto, que tão pouco conhecemos, algo invisível nos ceifar em pouco tempo? E é nisto que nossos olhos agora se concentram. O invisível que está no ar, acima, à frente ou abaixo. Acima, corresponde aos nossos olhos em direção ao infinito do céu. E nos traz a lembrança de que também temos esse “eu invisível”, que uns chamam de alma, espírito, corpo fluídico, etc. Assim como esse espaço que miramos, onde vemos os astros e pouco sabemos, estão fora de nosso alcance, também pouco sabemos sobre essa nossa essência invisível. Não sabemos de onde viemos e para onde vamos… e quantas vezes pensamos nisto agora, diante de tantas e inesperadas mortes próximas devido à pandemia? Embora muitos de nós carreguemos ensinamentos das doutrinas, das igrejas que frequentamos, estamos às voltas com bastante teoria e pouca prática. Oramos, elevamos nossos pensamentos… mas será que não se tornou algo mecânico? Pedimos, agradecemos, pedimos, agradecemos… porém, no que essa ligação invisível nos preparou para as incertezas do amanhã? E descobrimos o quanto desconhecemos desse universo invisível que nos liga ao alto. Em seguida nossos olhos baixam para a terra, onde estamos em pé. Nosso lar, nossa cidade. Tudo aquilo que vemos. Mas também superficialmente. Nossos olhos não alcançam embaixo da terra. Muito menos o centro da terra. Como também não enxergamos dentro de nós, nossa parte física interna. Pulmão, coração… apenas sentimos. Como sentimos o frio, o calor, a chuva, o vento…sentimos quando tudo isto está prazeroso ou doloroso. Quando nos faz sentir bem ou nos incomoda. Quando algo não está bem. Percebemos os sinais. Às vezes em tempo, outras vezes tarde demais. E assim é dentro e fora de nós. Muitos sinais no céu, no alto, nunca demos importância. Tanto para esse céu externo como nosso céu interno, nosso corpo espiritual, que nos contentamos apenas com um pouco que aprendemos e achamos que esse pouco já nos basta. Descendo, encontramos o chão. Que também não damos o devido valor. Mantemos nosso lar limpo, mas quase nada fazemos pela sujeira, o lixo descartado indevidamente quando não está perto de nós. A pandemia chegou e pegou o povo ainda sem a devida educação, que continuou descartando irregularmente pelas ruas, praças o lixo e tudo aquilo que contamina a terra. E também pegou muito de nossa população com maus hábitos alimentares. Pessoas que já estavam com problemas de saúde e não sabiam, devido aos abusos com certas bebidas, certos alimentos…porque nunca deram importância ao que está acima e também abaixo. Alma e corpo, corpo e alma… somos parte desse conjunto… e não dávamos a atenção necessária… “bobagem… uma hora vamos morrer mesmo, não é?” Quantas vezes ouvimos esta expressão de conhecidos, amigos, parentes?
Uma expressão popular que gosto muito é “a vida é curta”. E justamente por ser curta, não deveríamos reservar tanto tempo dela somente para prazeres momentâneos e banalidades. Podemos reservar parte desse tempo para conhecermos mais estes mistérios acima e abaixo. Não desvendaremos todos eles, e é por isso que o pouco que aprendermos será valoroso. Isto nos dará um equilíbrio, uma segurança. E força para superarmos desafios, como este que chegou e não estávamos nem um pouco preparados.
Assim como muitos que olham para o céu e não sabem identificar os sinais da mudança de tempo, muitos também acham que seu lado espiritual está em conexão com Deus, porque rezou bonitinho e nada irá acontecer de desagradável. Satisfeitos com as rezas ou orações, não captam os sinais mais importantes. Ou se captam, não compreendem. Porque o lado espiritual deve ser observado constantemente. E não só na hora de ir ao templo ou no horário que se faz a oração. Lá no alto, por não observarmos, quantas vezes não fomos pegos de surpresa por um temporal porque saímos de casa sem entender os sinais e não levamos guarda-chuva? Aqui embaixo, igualmente por não observarmos alguns sinais de nosso bairro, sofremos com enchentes. O lixo foi acumulando e ninguém fez nada. Choveu mas não chegou a alagar, então não nos preocupamos, achamos que o pior não irá acontecer. Porém veio, um dia, uma chuva forte e constante. E o alagamento atingiu até nossas casas. Assim também é com nosso lado físico. O corpo nos deu um sinalzinho. Mas não ligamos, achamos que tudo está bem. Até que um sinal mais forte é dado… porém o estrago já foi feito.
Estes mistérios do que está acima e abaixo deveriam fazer parte de nossos estudos pela vida toda. Porque tanto o externo quanto o interno são infinitos. O espaço infinito, onde cientistas ainda não descobriram e certamente nem vão descobrir seus locais mais remotos e possíveis civilizações. O planeta, a matéria interna, ainda repleta de segredos. Vegetais que desconhecemos, funcionamento biológico de fauna, flora… e nosso funcionamento biológico. Biológico e espiritual. Por mais que a medicina tenha avançado, a tecnologia no geral… chegando agora às especulações e teorias conspiratórias, de controle do clima com projeto Haarp, projeto Blue Beam e vírus sendo produzidos em laboratório, o homem não tem o controle total do que está acima e abaixo. O ato de manipular a terra e o clima; seca, chuva, provoca consequências e reações – respostas – naquilo que os cientistas ainda não dominam. E não dominarão. Porque assim como nosso corpo físico é passageiro e cada um é um desafio à ciência – há pessoas resistentes a este e àquele vírus – o planeta físico é aquilo que se formou de uma força que está fora do alcance dos humanos. E daí para o que está acima, o universo, existem agentes muito mais fora de nosso alcance… que trazendo para nós aqui, corresponde aos nossos mistérios da mente e do espírito. Nenhuma tecnologia conseguiu e conseguirá desvendar este, que é o maior dos mistérios: o desligamento do corpo físico. A morte. Portanto, não nos impressionemos e muito menos nos amedrontemos com as teorias conspiratórias, controle da mente, escravidão mundial… por mais que pesquisemos (e devemos pesquisar) o que está acima de nós externamente e internamente, e abaixo, externamente e internamente, não decifraremos tudo. Mas podemos cuidar e prevenir. Repensem essa dedicação excessiva às maquiagens espirituais (shows em vídeo, lives, na igreja, para mostrar na rede social que você é bom, religioso). A fé está em sua mente e as boas obras não precisam ser ostentadas. E repensem a dedicação excessiva às maquiagens físicas. Gula, festanças, ostentação com roupas de marca, se produzir em salões para “arrasar” nas lives, ser cobiçado (a)… o corpo dá sinais. E começam com sinais sutis, silenciosos. Hipertensão. Tumores. E quantos por aqui sequer sabiam diferenciar vírus de bactéria. O que é o vírus. Gripe, aquela coisa banal, que todo mundo acha normal… Enquanto a humanidade foi deixando tudo isto para lá, coisas foram acontecendo. Das respostas do planeta às manipulações, às interferências do homem… às tentativas do homem de tudo controlar, como um deus.
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Existem verdades e mentiras nas tais teorias acerca deste controle de tudo e de todos. Em meio a essa dúvida, o que resta a nós cidadãos longe dos bastidores do poder, é nos colocarmos no altiplano. O altiplano é um local alto. Próximo às nuvens e seus mistérios. E ao mesmo tempo nossos pés estão no chão, abaixo. Esta conexão forte entre os mistérios acima e abaixo nos dará a segurança que necessitamos diante daqueles que estão nos altos planos e não nos altiplanos. “Quando uma massa acredita apenas no que é apregoado pelos donos do poder, ela se torna presa a eles… e será sempre manipulada… mas quando a massa descobre que cada um pode ter sua própria defesa, pesquisando e dominando sua natureza interna e externa, corpo e alma, nenhuma potestade dos bastidores ocultistas, seja com a arma que for, conseguirá controlar”. E por que tantos se veem indefesos, nas mãos dos poderosos, e ficam apenas murmurando, suplicando a Deus que intervenha contra os poderosos? Porque não conhecem suas armas. Desconhecem a própria biologia, saúde, suas capacidades físicas, portanto, desconhecem mais ainda suas ferramentas espirituais. As duas coisas são importantes, o olhar interno pela saúde física, conhecer seu organismo, sua biologia, e o olhar externo, que é a ligação com o invisível. Nossa mente projetada no além. E é aqui que está nossa força maior, porque se alguns aspectos de tais teorias estiverem corretos no que se refere à manipulação biológica, vírus, doenças, ainda temos aquilo que nenhuma tecnologia, nenhum cientista e homem do poder possui… que é a chave do espiritual. Podem nos tirar a vida física. Mas nosso poder espiritual nenhum deles tira. E este poder espiritual é nossa continuidade. Estaremos vivos, em algum lugar, na luta. A vida é curta dentro do tempo que aqui conhecemos. Fora deste tempo, ela se estende por um período que está fora de nossos cálculos. Portanto, já é hora de acordarmos para esta consciência espacial. Nossa ligação com esse espaço à nossa volta. O vírus bateu à porta de todos. Não percamos mais tempo.(Foto: alkeemia.delfi.ee)
GEORGE ANDRÉ SAVY
Técnico em Administração e Meio Ambiente, escritor, articulista e palestrante. Desenvolve atividades literárias e exposições sobre transporte coletivo, área que pesquisa desde o final da década de 70.
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