TAMBORES ANCESTRAIS, batuques estelares, sons infinitos…

tambores

Desde os simples toques ancestrais dos tambores (macumba) de Angola até a aura sofisticada dos entornos dos atuais sambódromos. Da simplicidade que se transformou em luxo e riqueza, para justificar o grande sentimento negro que faz o povo sofrido que não abre mão da alegria.

Existem tantas formas de justificar toda essa diversão de um povo que foi escravizado, mas nunca abriu mão do sorriso. Nem sempre de felicidade, mas a resistência passa por esse caminho, não adianta chorar leite derramado, como disse o poeta é melhor ser alegre que ser triste, alegria a melhor coisa que existe…

O homem sonha com a possibilidade de outros mundos e os desencantos diante da grandeza do mundo e da pequenez da humanidade o deixa angustiado. O caos do mundo o deixa transtornado diante da impossibilidade de defesa. Ele se contempla e se impressiona com a correspondência ou corresponsabilidade da própria alma que o faz reerguer-se e pensar numa oportunidade de coisa afetuosa.

Então ele afronta e enfrenta o sistema que os querem subalternos, escravos, sem condições morais aceitáveis. Ajuda divina, grande contentamento, unindo-se ao sagrado, sem contenção, mas com intuição suficiente para garantir continuidade. Mesmo sem instrução suficiente (como julgavam os colonizadores) reagiram para salvar sua reputação, em sua própria defesa para fugir do gigantesco sistema de opressão.

Quando se sabe da trajetória e da essência, para se correr atrás da felicidade e de coisas espetaculares que nem sempre acontecem, ficam as marcas e cicatrizes. Quando o que se quer é achar o que é preciso, para dar continuidade ao que é necessário fazer (atitudes assertivas) para uma representatividade e acabar de vez com racismo, discriminação e a exclusão com uma estrutura social de base.

A música uma das formas mais sublimes de aproximação com a divindade sempre esteve presente na alma negra e faz dessa afinidade a fórmula mais simples de ligar o espírito ao infinito e receber benesses por esses atos que dignificam a existência e aumentam as esperanças evolutivas de um porvir mais aceitável e satisfatório na dignidade do ser humano na sua jornada.

O acesso às experiências (diversas) fazem surgir ideias brilhosas. Como interpretar o céu, estrelas e nuvens e numa sucessão de tradições compartilhar tudo que puder com o mundo na divulgação desses mesmos personagens, na resistência preta, luta por igualdade e respeito. Ninguém nasceu escravo. Precisamos criar um.movimento com mais domínio para justificar os primeiros seres da humanidade que habitaram o mundo. O negro pai da humanidade a a mãe preta nem se fala.

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Povos comungando do mesmo espaço com respeito mútuo e a acabar com a ignorância de muitos propósitos que até hoje fazem os negros serem comercializados como mercadorias.

A mensagem necessária para evoluir no tempo e sair do cativeiro social é que o amor está em cada um de nós e extinguir de vez a necessidade de compactuar com um.sistema recriminatório, discriminativo e de muita crueldade. A ginga nossa de cada dia, negritude não é só sofrimento. Temos jogo de cintura tal qual uma enxurrada de alegria, motivo de sobra para viver feliz, bendito no que diz respeito a celebração e reconhecimento do que a gente é e de tanto gigantismo histórico.(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fonte: Agência Câmara de Notícias

LUIZ ALBERTO CARLOS

Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.

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