É Natal. DE NOVO…

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Acho que muitos concordariam que nossos relógios estão andando cada vez mais depressa. Os dias, as semanas e os meses voam. Quando nos damos conta estamos no fim de mais um ano sem nos lembrarmos direito de tudo que ocorreu em nossas vidas neste longo período, mesmo nos tempos mais recentes. De repente é natal de novo. Esta sensação de que a velocidade das mudanças nos impacta de tal modo que mesmo aqueles que não têm uma rotina, nem hora certa para levantar, assustam com a chegada até do fim de semana como se os dias anteriores não tivessem passado, mas o tempo passou.

Minha percepção é que nossa memória, a minha e de muita gente com quem convivo, parece totalmente instável, pois nos lembramos de coisas ocorridas há tempos como se fosse ontem, mas não nos lembramos de ontem. Fazemos tanta coisa no “automático” que nem percebemos o tempo correndo sem parar. Às vezes planejamos alguma coisa que parece que demorará a acontecer, mas de repente já aconteceu.

As tecnologias a que somos submetidos, sempre com a premissa de facilitar as nossas vidas, criam um ambiente difícil de escapar. Ficamos dependentes do nosso celular ao ponto de muitos preferirem perder a carteira e os documentos a perder o telefone, afinal tudo está dentro do aparelho. As compras, o banco, enfim tudo que as inteligências alternativas controlam com seus aplicativos e algoritmos estão no nosso cotidiano substituindo muitas de nossas ações.

Assim, nossas vidas mudaram e não temos mais tempo para nada. Essa nova realidade, que muitos sequer percebem, certamente alterou nossa sensação de tempo decorrido e mesmo sabendo que o Natal sempre cai no dia 25 de dezembro estranhamos sua chegada como se ainda não estivesse na hora.

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Mas o Natal não tem nada com isso. Se temos administrado mal o nosso tempo não é culpa do fim do ano se ele ocorre em dezembro. Se estamos emaranhados em sites, emails e whatsapps não podemos transferir esta responsabilidade para o Papai Noel como se apenas os nosso afazeres tivessem prioridade. Poderíamos, na verdade, ter uma atenção maior para os que nos cercam e nos ajudam a viver melhor. Afinal é uma época de confraternizações e muitos desejos de saúde e paz. Então vamos celebrar as festas aproveitar para reunir amigos e familiares e esperar que consigamos aprender a valorizar as coisas e os momentos bons sem nos deixar levar pela aceleração das mudanças que nos são impostas.

Um bom natal para os que nos acompanham com saúde e alegrias.(Foto: Oleksandr P/Pexels)      

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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